Mundo

Renzi pede participação em referendo no qual "tudo está em jogo"

Segundo o primeiro-ministro, referendo é "fundamental não para o governo, não para um partido, mas para o país"

Matteo Renzi: o chefe de governo respondeu nas redes sociais perguntas sobre a consulta de domingo (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

Matteo Renzi: o chefe de governo respondeu nas redes sociais perguntas sobre a consulta de domingo (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

E

EFE

Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 08h56.

Última atualização em 2 de dezembro de 2016 às 12h47.

Roma - O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, pediu a participação da sociedade no referendo de domingo sobre a reforma constitucional e afirmou que nas próximas 48 horas "tudo está em jogo".

"Dentro de 48 horas, serão abertas as urnas, 50 milhões de cidadãos irão votar em um referendo fundamental não para o governo, não para um partido, mas para o país", disse em entrevista à rádio "Rtl 102.5".

Posteriormente, o chefe de governo respondeu nas redes sociais perguntas sobre a consulta de domingo. "Tudo está em jogo nas próximas 48 horas. Nunca houve um número tão elevado de indecisos".

Nas últimas pesquisas publicadas sobre as intenções de voto, a rejeição à reforma constitucional colocada pelo governo se situava dez pontos atrás do "sim" -55 % contra 45%- , mas as mesmas também mostraram que uma quarta parte do eleitorado não sabia qual seria sua posição no referendo.

"Todo o mundo nos olha porque todos são conscientes de que o referendo pode mudar o papel da Itália no âmbito internacional, estou convencido disso", acrescentou hoje Renzi no Twitter e Facebook no último dia de campanha eleitoral.

O primeiro-ministro encerrará a campanha nesta noite em Florença, cidade da qual foi prefeito antes de chegar à chefia do governo.

O referendo de 4 de dezembro pergunta aos eleitores italianos se os mesmos respaldam a reforma constitucional que, entre outras coisas, retira a função legislativa do Senado, o que deve agilizar o funcionamento do processo legislativo.

Renzi vinculou sua continuidade à frente do governo com a vitória no referendo, embora posteriormente lamentou tê-lo relacionado e agora não se sabe o que ocorrerá se o Executivo perder a consulta convocada pelo primeiro-ministro.

Acompanhe tudo sobre:GovernoItáliaReferendoReforma política

Mais de Mundo

Mais de 20 estados processam governo Trump por cortes bilionários em financiamento de Saúde

Casa Branca diz que Trump está 'aperfeiçoando' plano de tarifas de amanhã

EUA condena manobras militares chinesas em Taiwan e pede paz na região

Governo brasileiro aguardará tarifaço dos EUA antes de tomar qualquer medida, diz Alckmin