Silvio Berlusconi: o líder conservador acrescentou que "inventaram de tudo, e mais" para tirá-lo do poder (REUTERS/Alessandro Garofalo)
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 15h34.
Roma - O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, garantiu nesta quarta-feira que se viu obrigado a abandonar o poder há um ano devido a uma "conjuração que a história revelará".
Berlusconi fez essas afirmações durante uma conversa telefônica com a comunidade para toxicômanos Incontro, fundada pelo sacerdote italiano Piero Gelmini, cujos internos festejavam hoje o final de um curso de reabilitação realizado na cidade de Molino Silla di Amelia.
"Nos obrigaram a deixar o Governo há um ano com uma conjuração que a história revelará", disse Berlusconi, segundo a imprensa local.
Uma conjuração - prosseguiu Il Cavaliere - política, midiática e internacional.
Berlusconi denunciou: "Tiraram o fantasma improvisado do prêmio de risco, que representa uma despesa assumível pelo custo dos juros de 2% ao ano, ou seja 5 bilhões em um ano, uma dificuldade facilmente superável".
O líder conservador acrescentou que "inventaram de tudo, e mais" para tirá-lo do poder.
O último Governo de Silvio Berlusconi renunciou no dia 12 de novembro de 2011, perante a insustentável situação econômica criada, com um prêmio de risco incontrolável e as dúvidas dos mercados que pairavam sobre o país.
Cinco dias depois o presidente da República italiana, Giorgio Napolitano, encarregou ao ex-comissário europeu Mario Monti a formação de um novo Governo, integrado totalmente por tecnocratas.