O relógio é atualizado anualmente por 18 cientistas da ONG americana Boletim dos Cientistas Atômicos (AFP/AFP)
Redação Exame
Publicado em 28 de janeiro de 2025 às 16h52.
O Relógio do Juízo Final foi criado em 1947 por cientistas preocupados com alguns temores da era nuclear. O momento mais perigoso da humanidade parece que é agora, pois o mecanismo ajustou seus ponteiros para o nível mais próximo do fim da espécie humana nesta terça.
O relógio, atualizado anualmente por 18 cientistas da ONG americana Boletim dos Cientistas Atômicos, fundada em 1945 por figuras como Albert Einstein, J. Robert Oppenheimer e outros, está agora a 89 segundos da meia-noite, o que simboliza o fim da vida no planeta.
Ele se moveu um segundo desde sua última mudança - há dois anos. O Relógio reflete os acontecimentos do ano anterior ao ser ajustado. Nos 90 segundos cravados em 2023, ele ia de encontro com o começo da Guerra da Ucrânia, em 2022.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o Relógio passou em 2007 a colocar na equação os efeitos da crise climática, associada às emissões industriais de carbono e outras ações do homem no meio ambiente.
Durante a Guerra Fria, com diversos momentos tensos entre Estados Unidos e União Soviética, o mais perto que o ponteiro chegou do "fim do mundo" foi em 1953, marcando dois minutos para a meia-noite.
A crise mais famosa do período, a dos mísseis em Cuba, em 1962, levou os ponteiros para um de seus níveis mais baixos - 12 minutos para a meia-noite.
Com a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, o ajuste do Relógio passou a ser anual.