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Relatos de espionagem prejudicam relações, diz Alemanha

A Alemanha está levando a sério os últimos relatos sobre espionagem dos EUA, o que ameaça a vital cooperação em segurança entre os dois países


	Sede da NSA: a mídia alemã afirmou que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) grampeou vários integrantes de alto escalão do governo
 (Divulgação / NSA)

Sede da NSA: a mídia alemã afirmou que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) grampeou vários integrantes de alto escalão do governo (Divulgação / NSA)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2015 às 20h40.

Berlim/Washington - A Alemanha está levando a sério os últimos relatos sobre espionagem dos Estados Unidos contra importantes ministros do governo, o que ameaça a vital cooperação em segurança entre os dois países, disse o porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, nesta quinta-feira.

A mídia alemã afirmou que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) grampeou vários integrantes de alto escalão do governo, incluindo os ministros da Economia e das Finanças, além de Merkel.

Os relatos representam o episódio mais recente de um longo escândalo deflagrado pelas revelações do ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden sobre uma ampla espionagem dos EUA contra aliados.

A privacidade é um tema particularmente sensível na Alemanha, depois da ampla vigilância da polícia secreta Stasi na Alemanha Oriental comunista e da Gestapo, na era nazista.

"Tal repetição de eventos afetam a cooperação em inteligência alemã e norte-americana, que é essencial para a segurança de nossos cidadãos", disse o porta-voz Steffen Seibert em comunicado.

Mais cedo, em uma atitude incomum, o chefe de gabinete de Merkel, Peter Altmaier, convocou o embaixador dos EUA na Alemanha e exigiu uma explicação sobre os relatos. Altmaier disse ao enviado norte-americano que a lei alemã precisa ser respeitada e qualquer violação, punida.

Em Washington, um porta-voz do Departamento de Estado confirmou a reunião, mas se recusou a dar mais detalhes. Ele negou que os relatos mais recentes tenham tido impacto negativo nas relações entre os dois países.

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