CIA: muitos dos casos envolveram países que lutaram contra grupos islamitas, tais como Afeganistão, Egito, Paquistão ou Arábia Saudita. (©afp.com / Saul Loeb)
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 15h22.
Washington - Cinquenta e quatro países colaboraram com a CIA estabelecendo prisões secretas em seus territórios após os atentados de 11 de setembro de 2001, afirmou nesta terça-feira uma organização de direitos humanos, que aproveitou para pedir maior responsabilidade aos governos envolvidos.
A Open Society Foundation indicou que as formas de ajuda incluíam abrigar prisões da CIA, interrogar suspeitos, abrir o espaço aéreo para voos secretos ou a cooperação em serviços de inteligência.
"Não há dúvida" de que a administração do então presidente George W. Bush autorizou violações de direitos humanos, afirma.
Em seu relatório, a organização responsabiliza tanto os Estados Unidos quanto os governos que colaboraram com ele.
Muitos dos casos envolveram países que lutaram contra grupos islamitas, tais como Afeganistão, Egito, Paquistão ou Arábia Saudita.
Além disso, aponta aliados próximos como Austrália, Grã-Bretanha, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Itália, Polônia, Espanha, Suécia, Turquia ou Tailândia; mas também outros, como África do Sul e inclusive Irã.
"Ao realizar torturas e outros abusos relacionados às detenções secretas e execuções extrajudiciais, (os Estados Unidos) diminuem sua autoridade moral e minam o apoio aos esforços contra o terrorismo realizados em todo o mundo", afirma o documento.