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Reino Unido vai se abster na ONU em votação sobre Palestina

A declaração ocorre antes do Conselho de Segurança se pronunciar na sexta-feira sobre o pedido apresentado pelo presidente palestino Mahmud Abbas

William Hague, ministro britânico das Relações Exteriores: "não votaremos contra o pedido pelo progresso que os líderes palestinos fizeram para cumprir com seus critérios" (Kerim Okten/AFP)

William Hague, ministro britânico das Relações Exteriores: "não votaremos contra o pedido pelo progresso que os líderes palestinos fizeram para cumprir com seus critérios" (Kerim Okten/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2011 às 11h17.

Londres - O Reino Unido irá se abster em caso de votação na ONU sobre o pedido de adesão da Palestina como Estado soberano, anunciou nesta quarta-feira no Parlamento o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague.

"Não votaremos contra o pedido pelo progresso que os líderes palestinos fizeram para cumprir com seus critérios. Mas tampouco podemos votar a favor quando nosso objetivo principal continua sendo o retorno às negociações através do processo do Quarteto e do sucesso destas negociações", disse Hague aos deputados na Câmara dos Comuns.

"Por estas razões, conjuntamente com a França e em comunicação com nossos sócios europeus, o Reino Unido irá se abster em qualquer votação sobre uma plena adesão palestina à ONU", acrescentou.

A declaração de Hague ocorre antes do comitê de admissões do Conselho de Segurança se pronunciar na sexta-feira sobre o pedido apresentado pelo presidente Mahmud Abbas no dia 23 de setembro para a admissão na ONU de um Estado palestino de pleno direito.

Segundo um rascunho do informe, obtido na véspera pela AFP, o Conselho de Segurança da ONU não acordar combinar "uma recomendação unânime", sem informar quais países apoiam o ingresso e quais países se opõem.

Brasil, China, Índia, Líbano, Rússia e África do Sul apoiaram publicamente os palestinos, e, assim como Reino Unido e França, a Colômbia também anunciou sua abstenção.

Já os Estados Unidos, um dos cinco membros com direitos de veto entre os 15 que formam o Conselho de Segurança, prometeram bloquear uma eventual aprovação da demanda palestina.

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