Netanyahu ainda evocou a Segunda Guerra para falar do Reino Unido (ROBERTO SCHMIDT/AFP)
Redação Exame
Publicado em 3 de setembro de 2024 às 07h51.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a decisão do Reino Unido de suspender a venda de algumas armas para seu país é "vergonhosa". Dias após o Hamas executar seis reféns israelenses, o governo do Reino Unido resolveu suspender trinta das 350 licenças de armas para Israel.
A decisão, segundo o Secretário de Relações Exteriores, David Lammy, se deve a um “risco claro de que elas possam ser usadas para cometer ou facilitar uma violação grave do direito internacional humanitário”.
"Esta decisão vergonhosa não mudará a determinação de Israel em derrotar o Hamas, uma organização terrorista genocida que assassinou brutalmente 1200 pessoas em 7 de outubro, incluindo 14 cidadãos britânicos", postou o premiê em sua rede social.
O Hamas ainda mantém mais de 100 reféns, incluindo 5 cidadãos britânicos. "Em vez de ficar ao lado de Israel, uma democracia parceira se defendendo contra a barbárie, a decisão equivocada da Grã-Bretanha só encorajará o Hamas", continuou Netanyahu.
O premiê ainda evocou a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) para comentar o comportamento do Reino Unido. "Assim como a posição heróica da Grã-Bretanha contra os nazistas é vista hoje como vital na defesa de nossa civilização comum, a história também julgará a posição de Israel contra o Hamas e o eixo de terror do Irã", disse.
Boris Johnson, o ex-primeiro-ministro conservador, acusou o Partido Trabalhista de "abandonar Israel" e sugeriu que eles querem que o Hamas vença a guerra. Ele postou isso numa rede social.
"O Hamas ainda mantém muitos reféns judeus inocentes enquanto Israel tenta evitar uma repetição do massacre de 7 de outubro. Por que Lammy e Starmer estão abandonando Israel? Eles querem que o Hamas vença?", disse o conservador.