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Reino Unido anuncia sanções a bancos e a russos com alto patrimônio

O Reino Unido também enviará ajuda humanitária à Ucrânia, incluindo US$ 500 milhões em financiamento bancário

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson  (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de fevereiro de 2022 às 11h01.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2022 às 13h45.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, informou nesta terça-feira, 22, em discurso ao Parlamento, as primeiras sanções que seu país vai impor à Rússia em resposta ao reconhecimento da independência de duas regiões no leste da Ucrânia. De acordo com ele, o movimento será feito em conjunto com os Estados Unidos, Alemanha, França e outros aliados.

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Segundo Johnson, os bancos russos Rossiya, IS Bank, General Bank Promsvyazbank e Black Sea Bank sofrerão sanções, assim como três indivíduos com alto patrimônio, entre eles o bilionário e dono do grupo de investimento privado Volga Group Gennady Timchenko.

Johnson disse que as sanções serão impostas pois a entrada de tropas russas nas regiões de Donetsk e Luhansk sob o pretexto de missão de paz configuram uma nova invasão de Moscou, que em 2014 tomou a Crimeia dos ucranianos. Segundo o premiê, as sanções farão da Rússia um pais "mais pobre e isolado, envolto em um conflito com uma nação vizinha".

O Reino Unido também enviará ajuda humanitária à Ucrânia, incluindo US$ 500 milhões em financiamento bancário. Johnson ainda afirmou que seu país e os aliados não vão desistir da diplomacia. "A buscaremos até o último momento", disse.

Detalhes

A secretária das Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, detalhou em comunicado sanções contra a Rússia, anunciadas mais cedo pelo primeiro-ministro Boris Johnson. Segundo ela, a "primeira onda" de sanções contra o país "atinge oligarcas e bancos próximos ao Kremlin" e envia uma "mensagem clara" de que Londres imporá custos econômicos duros sobre a Rússia e prejudicará seus interesses estratégicos.

Em comunicado, o governo britânico diz que oligarcas no círculo íntimo do presidente russo, Vladimir Putin, e bancos com papel na ocupação russa da Crimeira foram os alvos das sanções. Truss diz que Londres "está preparada para ir muito mais longe", caso a Rússia não recue. O Reino Unido ameaça restringir a capacidade do Estado russo e de suas companhias de levantar fundos em mecados britânicos, além de proibir uma série de exportações de alta tecnologia e "isolar mais os bancos russos da economia global".

O Reino Unido congelou ativos e impôs um veto a viagens de três oligarcas russos ligados ao Kremlin, Gennady Timchenko, sexto oligarca mais rico da Rússia, e Boris e Igor Rotenberg, dois associados há tempos do regime, segundo Londres. Os bancos com ativos congelados foram Bank Rossiya, Black Sea Bank for Development and Reconstruction, IS Bank, Genbank e Promsvyazbank.

O Reino Unido ainda imporá sanções contra os membros do Legislativo e do Conselho da Federação da Rússia que votarem pelo reconhecimento da independência de Donetsk e Luhansk, "em violação flagrante da soberania territorial da Ucrânia". Também diz que nas próximas semanas estenderá sanções territoriais contra a Crimeia para Donetsk e Luhansk e que nenhum indivíduo ou empresa britânica poderá fazer negócios com esses territórios antes que eles sejam devolvidos ao controle ucraniano.

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