Mundo

Reino Unido nega ameaça ao Equador e insiste no diálogo

O Equador afirma que na semana passada recebeu uma carta do governo britânico em que advertia da possibilidade de recorrer a uma lei de 1987


	Cartazes em apoio ao ativista Julian Assange: O Equador concedeu asilo a Assange na semana passada 
 (Oli Scarff/ Getty Images)

Cartazes em apoio ao ativista Julian Assange: O Equador concedeu asilo a Assange na semana passada  (Oli Scarff/ Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2012 às 18h57.

Washington - O governo do Reino Unido negou nesta sexta-feira na OEA ter ameaçado o Equador com invadir sua embaixada em Londres, onde está asilado Julian Assange, e insistiu no diálogo bilateral como meio de resolver o litígio pelo asilo que o país sul-americano outorgou ao fundador do Wikileaks.

''Em nenhum momento o Reino Unido fez qualquer ameaça à embaixada do Equador'' em Londres, disse o observador britânico na Organização dos Estados Americanos (OEA), Philip Barton, durante seu discurso em reunião de chanceleres e representantes de todos os países-membros do organismo em Washington.

O Equador afirma que na semana passada recebeu uma carta do governo britânico em que advertia da possibilidade de recorrer a uma lei de 1987 que lhe permitiria revogar a imunidade diplomática da embaixada equatoriana em Londres para entrar no lugar.

Após negar a ameaça denunciada pelo Equador, Barton afirmou que o Reino Unido ''se enquadra nos princípios do Convenção de Viena'', mas lembrou que as missões diplomáticas têm a ''obrigação de respeitar as leis e regulamentos do país receptor''.

Também reiterou que seu país tem ''a obrigação vinculativa'' de extraditar Assange à Suécia, onde é requerido pela justiça para ser investigado por denúncias de abusos sexuais que ele nega.

O Equador concedeu asilo a Assange na semana passada e o Reino Unido se negou a dar um salvo-conduto para o ativista porque, como Barton argumentou hoje, o Reino Unido não reconhece o asilo diplomático.

Em seu discurso perante a OEA, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, manifestou sua confiança n chegar a um consenso e em que, embora não se inclua a palavra ''ameaça'' na resolução, ''fique absolutamente claro que é inaceitável que se faça esse tipo de declaração e possam fazer pensar que há um risco de incursão em nossa embaixada ou em qualquer outra''. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEquadorEuropaJulian AssangePaíses ricosPersonalidadesReino UnidoWikiLeaks

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA