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Reino Unido: Eleições na Venezuela não foram "livres nem justas"

Para chefe da diplomacia britânica, os 5,8 dos 8,6 milhões votos que reelegeram o presidente Nicolás Maduro "corroeram ainda mais a democracia venezuelana"

Maduro: secretário de Relações Exteriores do Reino Unido disse que ficou decepcionado, mas não surpreso com o resultado eleitoral (Reuters/Reuters)

Maduro: secretário de Relações Exteriores do Reino Unido disse que ficou decepcionado, mas não surpreso com o resultado eleitoral (Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de maio de 2018 às 17h44.

Última atualização em 21 de maio de 2018 às 17h48.

Londres - O secretário de Estado de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou nesta segunda-feira que as eleições realizadas neste domingo na Venezuela, nas quais Nicolás Maduro foi reeleito presidente, "não foram livres nem justas".

"Estou decepcionado, mas não estou surpreso, pelo fato de Maduro ter seguido em frente com eleições com profundos defeitos para garantir sua própria sobrevivência", afirmou Johnson em comunicado.

Para o chefe da diplomacia britânica, o pleito de domingo, no qual Maduro obteve 5,8 dos 8,6 milhões de votos depositados nas urnas, "corroeram ainda mais a democracia venezuelana".

"Há uma necessidade urgente de restaurar a ordem democrática, libertar os prisioneiros políticos e respeitar a Assembleia Nacional e a oposição política", afirmou o secretário de Estado britânico.

"A condenação da comunidade internacional foi alta e clara", considerou Johnson, que se propôs a trabalhar junto com os demais países da União Europeia (UE) e outros "aliados regionais" nas próximas semanas para determinar como podem "continuar apoiando uma resolução política" sobre a Venezuela.

O titular de Relações Exteriores britânico se mostrou preocupado com a "crise humanitária e econômica" que a Venezuela está sofrendo, que "piora a cada dia".

Johnson exigiu que o governo venezuelano "tome ações imediatas" e "permita que a comunidade internacional entregue alimentos essenciais e remédios" aos necessitados.

"Não se pode permitir que o sofrimento dos cidadãos comuns venezuelanos continue", frisou Johnson.

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