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Reino Unido deve revogar cidadania de jovem que se juntou ao EI

Informação foi dada pelo advogado da família de Shamima Begum. Ela hoje vive em um campo de refugiados na Síria e está grávida

Shamima Begum (Laura Lean/Pool/File Photo/Reuters)

Shamima Begum (Laura Lean/Pool/File Photo/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 19 de fevereiro de 2019 às 16h04.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2019 às 16h18.

São Paulo – A jovem Shamima Begum, que deixou o Reino Unido em 2015 ao lado de duas colegas de escola para se juntar ao Estado Islâmico na Síria, terá a sua cidadania britânica revogada. A informação foi dada pelo advogado da família Begum no Twitter e repercutida pelo jornal britânico The Guardian.

"A família está decepcionada com a intenção do Ministério do Interior de revogar a cidadania de Shamima. Estamos considerando todas as possibilidades legais para desafiar essa decisão", escreveu ele. Ainda não há manifestações oficiais sobre o assunto.

Shamima, que fugiu do Reino Unido aos 15 e hoje está com 19 anos, ganhou holofotes globais nos últimos dias ao reaparecer em um campo de refugiados na Síria. Grávida de um bebê, fruto do relacionamento com um combatente do EI que foi preso por milícias sírias, Shamima apelou para as autoridades britânicas para que permitissem que ela voltasse para casa.

Na ocasião, o ministro da Segurança, Ben Wallace, afirmou que não irá colocar vidas britânicas em risco para resgatá-la na Síria. “Ações tem consequências”, disse ele em entrevista sobre o caso para a rede de notícias BBC, “como cidadã britânica, ela pode retornar, mas qualquer um que se juntou ao EI será investigado, entrevistado e talvez processado ao chegar no país”, disse ele.

 

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