Primeira-ministra britânica, Theresa May, durante evento em Londres (Mary Turner/Reuters)
EFE
Publicado em 10 de novembro de 2017 às 07h08.
Londres - A retirada do Reino Unido da União Europeia (UE) se materializará às 23h GMT, do dia 29 de março de 2019, segundo informou nesta sexta-feira a primeira-ministra britânica, Theresa May.
Esta data será emendada no projeto de lei sobre o "brexit" - a saída britânica do bloco europeu -, que será debatido na próxima semana no Parlamento e que, uma vez aprovado, autorizará a desconexão do país da UE.
Em um artigo publicado hoje no jornal "The Daily Telegraph", a primeira-ministra disse que a decisão de colocar o momento preciso do "brexit" tem como objetivo demonstrar a determinação do seu governo de completar este processo.
"Que ninguém tenha dúvida da nossa determinação ou questione o nosso propósito de que o 'brexit' está ocorrendo", escreve a primeira-ministra, que ficou enfraquecida após perder a maioria absoluta nas eleições gerais realizadas em junho passado.
"(A data) será (escrita) em preto e branco na capa desta histórica peça de legislação. O Reino Unido estará saindo da UE no dia 29 de março de 2019, às 23h GMT", acrescentou.
Essa legislação, intitulada Projeto de Lei sobre a Retirada da UE, já superou sua segunda leitura e entrará na próxima semana na fase de comitê, em que são esperadas alterações.
Segundo explica Theresa May, a maioria da população quer que os políticos "se unam" para negociar um bom acordo do "brexit".
Ela também indicou que está disposta a escutar propostas dos deputados para melhorar este projeto de lei, mas advertiu sobre qualquer tentativa por deter seu curso parlamentar.
"Não vamos tolerar tentativas de qualquer lado para utilizar o processo de emendas a este projeto de lei como mecanismo para bloquear a vontade democrática do povo britânico ao tentar desacelerar ou deter nossa saída da UE", afirmou.
A primeira-ministra ressalta que este projeto legislativo é "fundamental" para conseguir um "brexit" ordenado.
As negociações entre Londres e Bruxelas estão em sua sexta rodada, sem que tenha ocorrido qualquer progresso nos termos de ruptura, criando uma grande incerteza para as empresas e comunitários que vivem no Reino Unido.