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Reino Unido critica Rússia por querer investigar caso Skripal

Representante britânico afirmou que a Rússia não quer responder as perguntas que ajudam na investigação do envenenamento do ex-espião russo

Investigação: a Rússia pediu ontem que a Opaq investigue o caso Skripal (Wu Hong/Pool/Reuters)

Investigação: a Rússia pediu ontem que a Opaq investigue o caso Skripal (Wu Hong/Pool/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de abril de 2018 às 09h42.

Última atualização em 4 de abril de 2018 às 13h26.

Haia - O Reino Unido considerou nesta quarta-feira como "perversa" a intensão da Rússia de participar da investigação aberta pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) sobre o envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia há um mês.

"É uma tática de distração e de mais desinformação desenvolvida para evitar as perguntas que as autoridades russas devem responder", afirmou a delegação britânica na Opaq, que participou de uma reunião de urgência solicitada pela Rússia na organização que luta contra o uso de armas químicas.

 

Em mensagem no Twitter, a delegação do Reino Unido condenou a proposta e rejeitou a possível participação da Rússia nas investigações, e se negou a oferecer informações sobre o avanço das mesmas à parte russa.

Um porta-voz da Opaq confirmou para a Agência Efe que a Rússia solicitou, na condição de membro dessa instituição internacional, a realização de uma reunião de urgência para tratar dessa questão, que colocou a Rússia em rota de colisão com vários países ocidentais e levou a expulsões de diplomatas de ambas as partes.

O encontro, que acontece exatamente um mês depois do envenenamento do ex-espião russo, começou hoje às 10h locais (6h em Brasília) na sede da organização, em Haia (Holanda), e não tem uma hora prevista para sua finalização.

Skripal, de 66 anos, e sua filha, de 33, foram envenenados no dia 4 de março em Salisbury, no sul da Inglaterra, após serem expostos a uma substância química que, segundo Londres, foi fabricada na Rússia e é conhecida como "Novichok".

O Kremlin, que nega qualquer relação com o envenenamento, afirma que está disposto ao diálogo e à cooperação com todos os países nesse assunto.

 

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