Reino Unido: Wiltshire fica a 13 quilômetros de Salisbury, onde Skripal e sua filha Yulia foram envenenados (Henry Nicholls/Reuters)
Reuters
Publicado em 4 de julho de 2018 às 18h53.
Última atualização em 4 de julho de 2018 às 20h24.
Amesbury, Inglaterra - Dois cidadãos britânicos estão em condição grave no hospital nesta quarta-feira (04) após terem sido envenenados com o agente nervoso Novichok, o mesmo que envenenou um ex-agente russo e sua filha em março, informou a principal autoridade antiterrorismo do Reino Unido.
Os britânicos, uma mulher de 44 anos e um homem de 45, foram hospitalizados após serem encontrados adoentados no sábado em Amesbury, a poucos quilômetros de Salisbury, onde o ex-agente duplo Sergei Skripal e sua filha, Yulia, foram atacados em março.
"Eu recebi resultados de testes (do centro militar de pesquisas) de Porton Down que mostram que as duas pessoas foram expostas ao agente nervoso Novichok", disse Neil Basu, autoridade antiterrorismo mais sênior do Reino Unido, a repórteres.
A unidade policial antiterrorismo do Reino Unido agora está comandando a investigação, embora Basu tenha dito ser incerto como as duas pessoas entraram em contato com o agente nervoso ou se elas foram especificamente miradas.
Amesbury fica a 11 quilômetros de Salisbury, onde os Skripal foram encontrados inconscientes em 4 de março.
A polícia isolou ao menos cinco áreas diferentes, incluindo um parque e uma propriedade em Salisbury, e uma farmácia e um centro comunitário da igreja batista em Amesbury, embora autoridades da saúde tenham dito que o risco à população é baixo.
O Reino Unido acusou a Rússia de envenenar Skripal com o agente nervoso Novichok, no primeiro ataque com tal arma química em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
O ataque provocou a maior expulsão do Ocidente de diplomatas russos desde a Guerra Fria, conforme aliados na Europa e nos Estados Unido apoiaram o ponto de vista da primeira-ministra britânica, Theresa May, de que Moscou é responsável ou havia perdido controle do agente nervoso.
A Rússia negou qualquer envolvimento e sugeriu que o Reino Unido havia realizado o ataque para provocar histeria anti-Rússia.