Mumtaz, seus pais - ambos de 51 anos - e Hassan, de 24 anos, negaram as acusações durante o julgamento (Giuseppe Cacace/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2012 às 19h10.
Londres - O marido e três familiares de Naila Mumtaz foram condenados à prisão perpétua, nesta segunda-feira, por serem responsáveis pelo assassinato da paquistanesa, grávida de seis meses, ao considerarem que a vítima estava possuída por um espírito maligno, segundo fontes judiciais inglesas.
Mohammed Tauseef Mumtaz, de 25 anos, foi condenado por um tribunal de Birmingham, na Inglaterra, por asfixiar e matar sua mulher em 2009.
O cunhado da vítima, Hammad Hassan, e os pais de Mumtaz, Salman Aslam e Zia Ul-Haq, também foram condenados por matar a jovem, de apenas 21 anos, quando pretendiam deixá-la inconsciente para extrair um suposto ''espírito maligno'', conforme provas apresentadas no julgamento realizado em julho.
Mumtaz, seus pais - ambos de 51 anos - e Hassan, de 24 anos, negaram as acusações durante o julgamento.
De acordo com as provas, Mumtaz, cuja mulher estava grávida de seis meses, disse à polícia que a vítima tinha tentado estrangulá-lo em sua casa quando estava ''possuída'' por um espírito maligno.
A jovem tinha chegado ao Reino Unido em 2008, depois que seu casamento foi regulado no Paquistão.
Os quatro ''foram condenados pelo assassinato de Naila Mumtaz. Ela tinha apenas 21 anos no momento de sua morte e tinha uma vida pela frente. Era filha única e seus pais ficaram com um terrível vazio em suas vidas'', disse o juiz ao ler a condenação.