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Reino Unido apresenta orçamento severo para reativar economia

Entre as propostas do ministro da Economia, George Osborne, está elevar o teto de renda isenta de imposto

Osborne, ministro britânico da Economia: governo quer reduzir déficit de 10,1% para 1,1% (Getty Images)

Osborne, ministro britânico da Economia: governo quer reduzir déficit de 10,1% para 1,1% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 21h07.

Londres - O ministro britânico da Economia, George Osborne, apresentará nesta quarta-feira um orçamento para o exercício 2011/12, com o qual espera reativar a economia, freada pelos severos cortes do gasto público.

"Já pedimos ao povo britânico o necessário. Hoje não precisamos pedir mais", anunciou perante a Câmara dos Comuns.

Apesar de anunciar algumas medidas limitadas relacionadas às famílias, como uma redução de um pence do preço dos combustíveis a partir desta quarta-feira ou uma elevação do limite dos rendimentos isentos do imposto de renda, o orçamento está principalmente destinado a dar um impulso à economia em crise.

"Colocamos combustível no depósito da economia britânica", afirmou sobre seu segundo orçamento desde que a coalizão de conservadores e liberal-democratas sucedeu os trabalhistas no poder, em maio de 2010.

Segundo ele, o orçamento "incentiva a empresa, garante as exportações, a indústria de manufaturas e o investimento".

Para isso, espera impedir a fuga das empresas estrangeiras e atrair outras novas com uma queda dos impostos sobre sociedades, que será de 23% a partir de abril - contra 25% de agora - e reduzirá um ponto percentual anual nos próximos três anos.

O governo não se desviará, no entanto, do programa quadrianual de cortes do gasto público de 81 bilhões de libras (133 bilhões de dólares), aos quais se somam 30 bilhões gerados por novos impostos.

O atual orçamento, considerado um dos mais restritivos desde a Segunda Guerra Mundial, inclui uma quarta parte desses cortes, destinados a reduzir o déficit público de 9,9% do PIB em 2010/11 a 1,5% em 2015/16.

A margem de manobra do governo se reduziu nas últimas semanas devido a uma série de más notícias para a economia britânica, o que obrigou a revisar em baixa a previsão oficial de crescimento do Reino Unido a 1,7% em 2011 e 2,6% em 2012, frente aos 2,1% e 2,6%, respectivamente, aventados em novembro.

Esta revisão era amplamente esperada depois que a economia britânica sofreu uma contração de 0,6% no último trimestre, o que reavivou os temores de recessão.

A isso se somou uma inflação que, em fevereiro, alcançou 4,4%, mais que o dobro do objetivo do governo, e um aumento do preço das matérias-primas, e essencialmente do petróleo, devido às tensões no mundo árabe.

Neste sentido, o governo anunciou uma queda de um pence (1,63 dólar, 1,15 euros) do preço do litro de combustível nos postos a partir das 15H00 desta quarta, o que representará um pequeno alívio para os britânicos.

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