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Reino Unido anuncia cortes em benefícios sociais

Cortes de 1 bilhão de libras fazem parte do esforço para acabar com o déficit de 155 milhões de libras do orçamento

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Birmingham, Inglaterra - O Ministro de Finanças do Reino Unido, George Osborne, anunciou hoje novas medidas para reduzir a conta da assistência social do país, revelando planos para cortar os pagamentos de benefícios para famílias desempregadas e retirar a ajuda para crianças de famílias de renda mais alta.

O plano surge em um momento no qual o governo britânico pretende reduzir um déficit orçamentário de 155 bilhões de libras por meio de cortes de gastos.

As medidas, que entrarão em vigor em 2013, afetarão mais de um milhão de famílias britânicas e resultarão numa economia de mais de 1 bilhão de libras (US$ 1,58 bilhão) por ano. Os cortes provavelmente acabarão com a situação em que famílias sem trabalhadores adultos possam viver nas partes mais caras de cidades como Londres, onde a média das famílias do país não consegue morar. Vários benefícios, incluindo auxílio por incapacidade, serão excluídos.

Essas medidas deverão afetar cerca de 50 mil famílias que ganham mais de 26 mil libras por ano - o salário médio da família britânica -, afirmaram assessores de Osborne. O ministro também anunciou que o governo cortará os pagamentos de benefícios para crianças de famílias que recebem salário acima da média do rendimento das famílias britânicas, afetando 1,2 milhão de famílias que ganham pelo menos 44 mil libras por ano. A mudança resultará numa economia cerca de 1 bilhão de libras por ano.

As decisões foram confirmadas no discurso de Osborne na conferência do Partido Conservador do primeiro-ministro, David Cameron, a primeira desde que o partido retomou o poder do país em maio. Segundo Osborne, as medidas vão ajudar a assistência social do Estado a "ganhar a confiança do povo", refletindo "o senso de ética britânico".

No discurso, o ministro afirmou ainda que o governo não voltará atrás sobre as medidas de austeridade propostas e acusou o opositor Partido Trabalhista de se recusar a enfrentar o problema do déficit orçamentário ao proteger "interesses instalados" nos sindicatos. Ele também alertou os bancos de que não será permitida a distribuição "sem restrições" de pagamentos de bônus e sugeriu novos aumentos do limite para o pagamento de imposto de renda. As informações são da Dow Jones.

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