O rei da Jordânia, Abdullah II: "dividir a Síria não beneficia ninguém e jogar com a unidade da Síria é uma fonte segura de destruição", afirmou (Mandel Ngan/AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2013 às 11h16.
Amã - O rei Abdullah II, da Jordânia, afirmou nesta quarta-feira que teme uma divisão da Síria, que seria uma "fonte segura de destruição" para a região, e uma separação entre xiitas e sunitas de "consequências desastrosas".
"Uma Síria dividida significaria um conflito sem fim que desestabilizaria a região e o futuro de seus povos para as gerações futuras", declarou o soberano, em uma entrevista ao jornal de capital saudita Asharq al-Awsat, com sede em Londres.
"Dividir a Síria não beneficia ninguém e jogar com a unidade da Síria é uma fonte segura de destruição", completou Abdullah II, cujo país abriga 550.0000 refugiados sírios.
"Atiçar o fogo confessional no mundo árabe e muçulmano terá consequências desastrosas para as gerações futuras e para o mundo inteiro", disse, antes de advertir para o perigo de contágio do conflito.
A guerra na Síria opõe rebeldes principalmente sunitas a um regime dirigido pelos alauitas, um braço do xiismo, apoiado pelo Irã e pelo Hezbollah xiita libanês.
"O pior temor seria que o conflito sírio espalhasse a discórdia entre sunitas e xiitas da região", declarou.
A Jordânia, aliada dos Estados Unidos na região, teme, como muitos países ocidentais, o surgimento de um reduto de extremistas islâmicos na Síria.