Jornalistas escoltados por funcionários da TEPCO visitam a central nuclear de Fukushima: os nove reguladores nucleares devem inspecionar a usina (AFP / Issei Kato)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2013 às 13h00.
Tóquio - Os nove países que formam a Associação Internacional de Reguladores Nucleares iniciaram nesta segunda-feira, em Tóquio, um encontro para analisar o acidente nuclear de Fukushima em 2011.
A reunião, que durará três dias, se desenvolve com portas fechadas para permitir que os países-membros expressem com total liberdade suas reflexões e discussões sobre a crise nuclear, a pior desde Chernobyl (Rússia) em 1986.
O encontro internacional, presidido pelo responsável da Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (NRA), Shunichi Tanaka, é realizado pela segunda vez no arquipélago japonês, que já acolheu este evento em 2004, indicou a agência "Kyodo".
No marco da reunião espera-se que na quarta-feira os nove reguladores nucleares realizem uma visita de inspeção à maltratada usina nuclear de Fukushima Daiichi, situada no nordeste do país, devastado após a passagem do tsunami em março de 2011.
Além disso, nas sessões Tanaka compartilhará com o resto dos membros as lições aprendidas pelo novo regulador nuclear japonês por conta do terremoto de 11 de março de 2011, que provocou o acidente em Fukushima, assim como as novas medidas de segurança e melhoras exigidas às centrais do país.
O NRA japonês foi criado em setembro de 2012 como organismo independente para substituir à Agência para a Segurança Nuclear e Industrial (NISA), que foi duramente criticada após o acidente de Fukushima por depender do Ministério de Indústria, tradicional promotor do uso da energia nuclear.
Desde o acidente de Fukushima se encontram detidos 48 dos 50 reatores nucleares do Japão, bem por segurança ou por estarem em processo de revisão, no meio do debate sobre a segurança da energia atômica.
A Associação Internacional de Reguladores Nucleares (INRA, por sua sigla em inglês) foi estabelecida em janeiro de 1997 com o objetivo de divulgar e aumentar a segurança nuclear no mundo. Fazem parte da organização Canadá, França, Alemanha, Japão, Espanha, Suécia, Reino Unido, Coreia do Sul e EUA.