Apoiador do presidente sírio Bashar al-Assad: ministério sírio reiterou a vontade do regime de estar presente na reunião de paz (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2013 às 08h18.
Damasco - O regime sírio rejeitou nesta quarta-feira que o presidente Bashar al-Assad não tenha um papel em uma etapa transitória aberta após a conferência de paz Genebra 2, ao contrário do que pede a principal aliança da oposição.
Por meio de um comunicado, uma fonte de alto escalão do Ministério das Relações Exteriores afirmou que "aqueles que insistem nestas fantasias não necessitam participar da conferência de Genebra".
"Nosso povo não vai permitir que ninguém roube seu direito exclusivo de definir seu futuro e sua liderança", advertiu a nota. O texto disse ainda que os que não querem que o líder tenha um papel no processo interino devem "despertar e esquecer seus sonhos".
A nota acrescentou que "a delegação oficial síria que viajará para Genebra não vai ceder o poder a ninguém, porque participará da conferência junto a quem têm interesse pelo povo sírio e apoia uma solução política para o futuro da Síria".
Nesse sentido, o regime reiterou sua vontade de participar da reunião na cidade suíça, de acordo com as instruções de Assad, para acabar com "o terrorismo".
Há dois dias, a ONU anunciou que a conferência de paz será realizará em 22 de janeiro de 2014, após sofrer vários atrasos pelas reservas da oposição a participar do encontro.
A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal grupo opositor, condicionou sua participação ao cumprimento de várias exigências, como a saída de Assad do poder, a libertação dos presos políticos e a criação de corredores humanitários para atender a população das zonas mais afetadas.
Ontem, no Cairo, o presidente da aliança, Ahmed Yarba, reiterou que a coalizão mantém sua postura para que "não exista nenhum papel reservado a Assad na etapa de transição".
*Atualização às 09h18 do dia 27/11/2013