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Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 12h57.
Beirute - A delegação do governo da Síria apresentou nesta segunda-feira em Genebra uma "declaração de princípios", que não contempla a transferência do poder a um Executivo interino e que foi rejeitada pela oposição, informaram veículos de imprensa oficiais sírios.
O texto insiste em que a soberania do país seja respeitada e faz um apelo para que se recuperem "os territórios usurpados" e que seja abandonada qualquer forma de extremismo ou fanatismo.
Além disso, pede a estados, que não identifica, que "deixem de estimular e de fornecer armas, treino e cubro aos atos de terrorismo", e rejeita qualquer forma de ingerência ou ditados estrangeiros para que os sírios possam decidir o futuro de seu país democraticamente.
O documento estipula que "a República Árabe da Síria é um estado democrático fundado sob o império da lei, a proteção da união nacional e a diversidade cultural".
Ressalta que os sírios têm o direito exclusivo de escolher o sistema político de seu país, "longe de qualquer fórmula imposta".
Além disso, o texto destaca a necessidade de "preservar todas as instituições, instalações e infraestruturas do estado, assim como a propriedades públicas e privadas".
A agência de notícias estatal síria "Sana", que cita fontes ligadas à delegação do Executivo de Damasco na Suíça, apontou que o regime ainda está aberto a discutir todos os pontos da declaração.
As fontes explicaram que a delegação propôs esses princípios, "que nenhum sírio patriota deveria rejeitar", para encontrar uma base comum para negociar.
Hoje se celebra o terceiro dia de conversas entre a delegação do governo sírio e da oposição em Genebra, com a mediação do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi.
Brahimi suspendeu a primeira reunião do dia com essas delegações menos de uma hora após seu início, pelas claras posições divergentes entre as duas.