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Região italiana da Lombardia renova governo após escândalo

A nova junta da Lombardia, uma das regiões mais industrializadas e ricas da Itália e cuja capital é Milão, contará com uma maioria de membros de perfil técnico


	Silvio Berlusconi: a incógnita agora é quando serão celebradas as eleições para escolher o novo governo regional
 (©AFP / Filippo Monteforte)

Silvio Berlusconi: a incógnita agora é quando serão celebradas as eleições para escolher o novo governo regional (©AFP / Filippo Monteforte)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 17h06.

Roma - O presidente da região italiana da Lombardia, Roberto Formigoni, anunciou nesta segunda-feira a composição de uma nova junta de governo com um número reduzido de membros, após a dissolução do Executivo regional por causa da prisão de um de seus conselheiros por contatos com a máfia.

A nova junta da Lombardia, uma das regiões mais industrializadas e ricas da Itália e cuja capital é Milão, contará com uma maioria de membros de perfil técnico, enquanto se espera a convocação de novas eleições.

A Lombardia vive um momento de crescente tensão entre o partido O Povo da Liberdade (PDL), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi e do qual também faz parte Formigoni, e seus aliados no governo regional, o partido federalista Liga Norte.

Nos últimos meses também ocorreram escândalos de corrupção na Liga Norte, que levaram à renúncia do secretário-geral Umberto Bossi. Roberto Maroni o sucedeu no cargo com a proposta de empreender uma campanha de "limpeza" no partido para recuperar a confiança de seus eleitores.

A decisão de dissolver a junta regional lombarda foi anunciada no dia 11 de outubro pelo próprio Formigoni, após a prisão do seu conselheiro, Domenico Zambetti, acusado de pagar aos clãs da "Ndrangheta - a máfia calabresa - estabelecidos em Milão em troca da compra de votos nas eleições regionais de 2010 a fim de garantir sua escolha.

Depois que explodiu o escândalo de Zambetti, Formigoni foi obrigado a tomar uma decisão para mostrar um sinal de descontinuidade no âmbito político, e inclusive se ventilou a possibilidade de que renunciasse ao cargo.

No entanto, Formigoni descartou abandonar o cargo, justificando que o ocorrido é grave, mas corresponde a um de seus conselheiros e não a ele.

A incógnita agora é quando serão celebradas as eleições para escolher o novo governo regional, já que nos últimos dias se multiplicaram as acusações e desmentidos entre Formigoni e Maroni. 

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