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Refugiados palestinos protestam em Beirute contra "abandono"

O representante do grupo islamita Hamas no Líbano, Ali Barakeh, acusou a UNRWA de "matar os palestinos no Líbano"


	Palestinos: um dos cartazes diziam que "Os cortes da UNRWA são destinados a estrangular os palestinos para empurrá-los para a emigração"
 (Aziz Taher / Reuters)

Palestinos: um dos cartazes diziam que "Os cortes da UNRWA são destinados a estrangular os palestinos para empurrá-los para a emigração" (Aziz Taher / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2016 às 13h55.

Beirute - Centenas de palestinos se manifestaram nesta terça-feira em frente à sede das Nações Unidas em Beirute em protesto pelo que qualificam de "abandono paulatino" da agência para os refugiados palestinos UNRWA, que diminuiu as ajudas por causa da falta de fundos.

"A próxima manifestação será no interior de sua sede" ou "Os cortes da UNRWA são destinados a estrangular os palestinos para empurrá-los para a emigração" eram alguns dos lemas dos cartazes erguidos pelos manifestantes.

O representante do grupo islamita Hamas no Líbano, Ali Barakeh, acusou a UNRWA de "matar os palestinos no Líbano" e afirmou que a agência tem a obrigação de continuar ajudando-os até que "possam retornar a seus lares", segundo as declarações divulgadas pela imprensa libanesa.

Por sua vez, o secretário do nacionalista Fatah, Fathi Abu al Ardat, pediu ao organismo internacional para intervir e obrigar a UNRWA a restituir as ajudas que lhes concede por completo.

Há algumas semanas, os refugiados palestinos no Líbano protestam contra a diminuição das ajudas e provocaram o fechamento temporário em várias ocasiões das sedes da UNRWA.

A encarregada do escritório de informação dessa agência, Zizette Darkazzali, disse à Agência Efe recentemente que há "certa confusão entre os palestinos" perante os reajustes econômicos e depois que foram divulgadas "informações falsas de que a UNRWA reduziria os serviços de hospitalização".

A UNRWA enfrenta graves problemas financeiros e em agosto passado adiou a abertura de seus 700 colégios, entre eles 68 no Líbano, devido à falta de fundos para pagar os professores.

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