Mundo

Reformas na Fifa serão lideradas por autoridade independente

A força-tarefa começa a trabalhar, imediatamente, para apresentar uma proposta concreta de reformas no próximo encontro ordinário da Federação


	Joseph Blatter: a proposta será submetida à aprovação do congresso extraordinário em 26 de fevereiro
 (Ruben Sprich/Reuters)

Joseph Blatter: a proposta será submetida à aprovação do congresso extraordinário em 26 de fevereiro (Ruben Sprich/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2015 às 12h09.

O presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, anunciou hoje (20) após reunião da executiva da Federação em Zurique, na Suíça, que as reformas na entidade serão coordenadas por uma força tarefa composta por 11 membros, a ser comandada por um líder independente cujo nome será anunciado nos próximos dias.

A força-tarefa começa a trabalhar, imediatamente, para apresentar uma proposta concreta de reformas no próximo encontro ordinário da Federação, em Zurique, nos dias 24 e 25 de setembro.

A proposta será submetida à aprovação do congresso extraordinário em 26 de fevereiro, quando também será feita a eleição para a escolha do próximo presidente da entidade.

Entre as mudanças a serem promovidas estão o estabelecimento da mais rigorosa integridade dos membros do comitê executivo e de limites para os mandatos.

A coletiva de imprensa teve que ser interrompida por alguns instantes depois que um manifestante jogou dinheiro em Blatter. O presidente da Fifa lamentou o ato, que qualificou como “falta de educação”.

Na reunião também foi dada a largada para o processo eleitoral, com a instalação de um comitê eleitoral que terá seu primeiro encontro no dia 21 de julho. Os candidatos que pretendem participar da eleição para a presidência da Fiafa terão que apresentar a intenção por escrito até 25 de outubro.

O presidente da União das Federações Europeias de Futebol (UEFA), Michel Platini, é um dos fortes candidatos à presidência, mas ainda não é certa sua participação na disputa. O príncipe da Jordânia, Ali Bin Al-Hussein, que perdeu as eleições para Blatter em maio, deve concorrer novamente.

O ex-jogador português Luis Figo, o diplomata francês Jerome Champagne e até o ícone do futebol brasileiro, o jogador Zico, manifestaram interesse em disputar a presidência da maior entidade do mundo do futebol.

Joseph Blatter, que comanda a Fifa há 17 anos, foi reeleito para o quinto mandato em 29 de maio, mas anunciou, quatro dias depois, que pretende entregar o cargo.

Ele justificou a decisão que, apesar de ter sido reeleito para a presidência, seu mandato parece não ter o apoio de todos no mundo do futebol.

A renúncia de Blatter aconteceu em meio a revelações sobre um amplo esquema de corrupção envolvendo executivos da Federação e empresários da área de marketing esportivo.

Ao todo, 14 réus são investigados pelas autoridades norte-americanas pelo suposto recebimento de subornos e propinas em contratos, num valor estimado de US$ 150 milhões, pelo período de 24 anos.

Além disso, autoridades suíças investigam a escolha da Rússia e do Catar como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente.

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo del Nero, não participou da reunião de hoje e enviou uma carta justificando a ausência.

Ele alegou que não poderia comparecer pois precisava acompanhar a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérido para investigar a CBF no Senado e o desfecho da Medida Provisória 671, que parcelou a dívida dos clubes.

Del Nero tem evitado deixar o país desde a prisão de seu antecessor, José Maria Marin, no dia 27 de maio. Marin continua preso em Zurique até que seja considerado um pedido de extradição feito pelas autoridades norte-americanas.

Acompanhe tudo sobre:EsportesFifaFutebolJoseph Blatter

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA