Desigualdade: o PNUD defende que se promova a sustentabilidade e o trabalho justo e decente para todas as pessoas (Tuca Vieira/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2015 às 09h04.
Na apresentação do Relatório sobre o Desenvolvimento Humano 2015, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) declarou, nesta segunda-feira, que a América Latina e o Caribe devem adotar "uma abordagem mais concentrada no trabalho" e com amplitude para reduzir as desigualdades.
Em seu informe anual, intitulado "Trabalho a serviço do desenvolvimento humano", o texto manifesta que, apenas se for aplicado um conceito "mais amplo de trabalho", será possível aproveitar "plenamente" os benefícios para avançar.
O documento ressaltou ainda as diferenças existentes no âmbito trabalhista em nível de gênero, ou devido à exclusão de raça, ou sexual.
O documento foi apresentado na Etiópia, em escala mundial, e no Uruguai, em nível regional.
O PNUD defende que se promova a sustentabilidade e o trabalho justo e decente para todas as pessoas, além de reivindicar dos governos que considerem os diferentes tipos de trabalho - remunerados, ou não, voluntários, ou criativos - como motor de desenvolvimento humano.
O informe propõe um triplo plano de ação para maximizar benefícios e reduzir os riscos de aumento de brechas.
O primeiro ponto é um "novo contrato social" entre governos, setores sociais e o âmbito privado para que se considere todos por igual, incluindo os trabalhadores que estão na informalidade.
O segundo ponto é um "pacto mundial" entre governos para garantir direitos e benefícios dos trabalhadores, e o terceiro, um "Programa de Trabalho Decente", que abarque todos e que, assim, promova a igualdade, a liberdade sindical e a segurança em nível trabalhista, entre outros.
"O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) escolheu o Uruguai para apresentar o informe, porque leva muito tempo implementando ações e políticas para melhorar esse indicador", destacou a representante residente do PNUD no Uruguai, Denise Cook.
Entre as regiões em desenvolvimento, Europa e Ásia Central e América Latina e Caribe são as de valor mais alto do Índice de Desenvolvimento Humano, com 0,748 em ambos os casos.