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Recuperação faz pobreza diminuir na A.Latina

Relatório do Cepal mostra que situação no continente voltou ao patamar pré-crise; ainda existem 180 milhões de pessoas na pobreza na região

A América Latina ainda tem 12,9% da população em situação de indigentes (Joe Raedle/Getty Images)

A América Latina ainda tem 12,9% da população em situação de indigentes (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2010 às 14h28.

Santiago - A recuperação econômica da maioria dos países da América Latina e do Caribe após a crise financeira internacional permitiu à região voltar a diminuir os índices de pobreza, destacou nesta terça-feira em Santiago do Chile a Cepal em seu Panorama Social 2010.

A quantidade de pobres diminuirá este ano em 0,1 ponto percentual e a indigência 0,4 ponto percentual com relação a 2009, assinala o documento apresentado pela secretária executiva da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), Alicia Bárcena.

Os números são similares aos de 2008, antes da crise cujo impacto foi sentido em 2009 na região, destaca o texto.

No entanto, os pobres da região somam ainda 180 milhões de pessoas, equivalente a 32,1% da população total, dos quais 72 milhões, equivalentes a 12,9% da população, têm a condição de indigentes, segundo o relatório.

Nesse contexto, a região estaria retomando a tendência de redução da pobreza que vinha registrando desde 2003 e foi interrompida pela crise, que fez aumentar a quantidade de indigentes de 71 milhões para 74 milhões no ano passado, número que em 2010 recuou para 72 milhões.

"Os países da região mostram uma resiliência nas variáveis sociais que não foram registradas em crise precedentes", destacou Alicia Bárcena durante a apresentação do relatório.

Pelo documento, a combinação entre o aumento na receita das famílias pobres e as transferências públicas, orientadas a diminuir o impacto da crise permitiu reduzir a desigualdade na região.

Além disso, a distribuição da receita se manteve estável em 2009, por isso que o balanço líquido dos últimos sete anos continua sendo positivo para os países.

Contém uma análise de como a desigualdade se reproduz ao longo do ciclo de vida das pessoas, especialmente do nascimento aos 29 anos.

De acordo com o texto, as sociedades mais igualitárias são as que apostam mais forte por lucros e aprendizagens adicionais para todos os grupos sociais e, portanto, a educação é um dos fatores principais que permitem reverter estas desigualdades de origem e igualar as oportunidades de bem-estar e produtividade para o conjunto da sociedade.

"Para fechar as brechas de desigualdade é importante que os Governos adotem um enfoque de economia geracional, o que proporciona uma visão integral e de longo prazo", destacou Alicia Bárcena.

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