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Recomeça o julgamento de Oscar Pistorius

O recomeço se dá após duas semanas de recesso, com o interrogatório da primeira pessoa a chegar ao local do crime

O atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius no tribunal de Pretória no qual é julgado pelo assassinato da namorada Reeva Steenkamp
 (IHSAAN HAFFEJEE/AFP)

O atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius no tribunal de Pretória no qual é julgado pelo assassinato da namorada Reeva Steenkamp (IHSAAN HAFFEJEE/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 07h42.

Pretória - O julgamento do atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius, que matou a tiros a namorada em fevereiro de 2013, recomeçou nesta segunda-feira em Pretória, após duas semanas de recesso, com o interrogatório da primeira pessoa a chegar ao local do crime.

Johan Stander, gerente do condomínio no qual o atleta morava, recebeu uma ligação de Pistorius depois que ele atirou contra a namorada Reeva Steenkamp em 14 de fevereiro de 2013.

Stander, que estava na lista de testemunhas de acusação, foi convocado a pedido da defesa.

Ele foi interrogado por Kenny Oldwadge, que integra a equipe de advogados de defesa coordenada por Barry Roux.

Stander, visivelmente emocionado, disse que recebeu uma ligação do atleta à 3H18, no dia da tragédia.

Pistorius matou Reeva Steenkamp às 3H17, quando ela estava no banheiro.

"Por favor, por favor, venha para a minha casa. Atirei contra Reeva, pensava que era um invasor", disse Pistorius, que estava chorando, de acordo com Stander.

"Era como se estivesse destruído, quebrado, desesperado, implorando", declarou Stander.

Pistorius, de 27 anos, pode ser condenado a 25 anos de prisão se o tribunal o considerar culpado pelo assassinato de Reeva Steenkamp, uma modelo de 29 anos que ele conhecia há três meses.

O promotor Gerrie Nel considera que o atleta matou Steenkamp após uma discussão na qual a modelo afirmou que desejava retornar para casa.

Nel acusou Pistorius de ter matado intencionalmente a namorada, que estaria refugiada no banheiro para escapar da fúria do atleta, questionando mais uma vez a versão do esportista, que afirma ter cometido o crime por engano, por acreditar que a pessoa no banheiro era um ladrão.

O tribunal deseja o fim das audiências em 16 de maio.

Mas a acusação pode convocar novas testemunhas e prolongar o julgamento, que mantém a África do Sul em suspense desde 3 de março.

Depois das audiências, o promotor Gerrie Nel e o advogado Barry Roux transmitirão suas conclusões por escrito para a juíza Thokozile Masipa, que anunciará o veredicto.

Thokozile Masipa, que dedicou o recesso de duas semanas a estudar as 2.000 páginas do processo, pode demorar várias semanas antes de pronunciar a sentença.

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