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Reciclagem é levada a sério na reforma do Mineirão para 2014

Somente a primeira fase das obras deve gerar 5,7 mil caminhões de entulho

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2010 às 20h14.

São Paulo - As obras de reforma do estádio Mineirão, em Belo Horizonte, visando a Copa do Mundo de 2014, já começaram. As preocupações com a nova estrutura não se limitaram às normas da FIFA. Desde o início, fazer uma obra verde já era a prioridade dos representantes mineiros.

O estádio Governador Magalhães Pinto é o 29º do mundo e o segundo maior do Brasil. A arena que já foi palco de clássicos do futebol brasileiro passa agora por uma renovação total. O conceito da "Copa Verde" está inteiramente presente na primeira fase de intervenções arquitetônicas realizadas no complexo esportivo.

Os primeiros itens reciclados usados na reforma serviram para construir as rampas de acesso, que tiveram boa parte de sua estrutura proveniente do concreto obtido a partir da demolição da arquibancada inferior. Para que o material seja reaproveitado tudo é enviado à Usina de Reciclagem da Prefeitura de Belo Horizonte.

A estimativa é de que somente a primeira fase das obras resulte em 5,7 mil caminhões de entulho, entre concreto, alvenaria e terra - retirada em função do rebaixamento do gramado. O processo de reciclagem desses materiais começa no próprio estádio.

Os entulhos são triturados por um britador, que separa os materiais metálicos, dos não metálicos, para facilitar a reciclagem. O concreto retirado do estádio poderá ser reaproveitado para o calçamento de ruas ou até mesmo na fabricação de asfalto, assim como a terra. Já os resíduos metálicos são encaminhados a uma recicladora especializada neste segmento.

O projeto do Mineirão para o mundial de futebol inclui também outros quesitos sustentáveis, como o reaproveitamento dos recursos naturais. O abastecimento hídrico do estádio, por exemplo, será feito a partir da captação da água da chuva, que será armazenada em um reservatório com capacidade para 6,27 milhões de litros. Além disso, está sendo estudada a instalação de placas fotovoltaicas, que poderão gerar uma quantidade de energia equivalente às necessidades de consumo de 700 residências.

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