As desigualdades dentro da Opep se intensificam antes de um esperado debate este ano sobre a possibilidade de o grupo cortar sua produção de petróleo pela primeira vez em cinco anos (Eddie Seal/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2013 às 14h14.
Nova York - A receita com exportações de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) atingiu um novo recorde em 2012, mas as receitas de alguns membros estão caindo em meio a necessidades orçamentárias maiores, destacando as diferenças entre os produtores que se beneficiam dos preços mais altos do petróleo e os que não se beneficiam.
Em seu relatório anual de estatísticas, a Opep afirmou que sua receita com petróleo, gás natural e outros produtos cresceu 9,2%, para US$ 1,261 trilhão em 2012, ante US$ 1,155 trilhão no ano anterior.
As monarquias do Golfo Árabe levaram vantagem com os preços mais altos do petróleo e da queda nas vendas do Irã, atingido por sanções. Enquanto a receita da Arábia Saudita com petróleo cresceu 6%, a do Irã recuou 12%.
Mas outros países também foram atingidos pela nova competição que é o boom na produção de petróleo dos EUA. A receita da Argélia caiu 6%, com o preço do seu petróleo recuando 1,3% em 2012.
O país, que vem sendo sacudido por protestos relacionados a comida e moradia, precisa de um preço de US$ 121 por barril para cobrir suas despesas domésticas, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). A quantia é maior que o preço médio de US$ 107,90 por barril do Brent nos primeiros seis meses de 2013.
As desigualdades dentro da Opep se intensificam antes de um esperado debate este ano sobre a possibilidade de o grupo cortar sua produção de petróleo pela primeira vez em cinco anos.
O teto de produção atual do grupo é de 30 milhões de barris por dia, apesar de alguns países sugerirem reduzir a produção porque previsões indicam menor necessidade de petróleo no ano que vem. Fonte: Dow Jones Newswires.