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Rebeldes sírios tentam conter conflitos perto de fronteira

Estado Islâmico do Iraque e do Levante, ligado à Al Qaeda, tomou Azaz, a cerca de 5 quilômetros da fronteira com a Turquia, no mês passado

Exército Livre da Síria: divisão entre rebeldes tem prejudicado sua luta contra as forças mais bem equipadas e organizadas do presidente Bashar al-Assad na guerra civil (Yousef Homs/Reuters)

Exército Livre da Síria: divisão entre rebeldes tem prejudicado sua luta contra as forças mais bem equipadas e organizadas do presidente Bashar al-Assad na guerra civil (Yousef Homs/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 12h03.

Beirute - Diversos entre os mais fortes grupos rebeldes sírios exigiram que militantes ligados à Al Qaeda e a uma facção rebelde rival parem de combater e pediram a extremistas islâmicos que retirem suas forças em 48 horas.

O Estado Islâmico do Iraque e do Levante, ligado à Al Qaeda, tomou Azaz, a cerca de 5 quilômetros da fronteira com a Turquia, no mês passado e tem entrado em conflito desde então com a brigada local Tempestade Norte.

Uma tentativa anterior de grupos rebeldes para mediar uma trégua entre os dois lado não foi bem-sucedida.

O conflito fez a Turquia fechar seu posto de travessia de fronteira, uma passagem vital para as regiões controladas por rebeldes pois permitia a saída de refugiados e a entrada de suprimentos como comida e material de construção.

Um comunicado publicado na Internet nesta quinta-feira por quatro brigadas rebeldes pediu um "imediato cessar-fogo" entre os dois lados e os convocaram a submeter sua disputa a uma corte islâmica em Alepo, cerca de 30 km ao sul.

"Nós pedimos a nossos irmãos na facção do Estado Islâmico do Iraque e do Levante que retirem suas forças e equipamentos para suas bases essenciais imediatamente", diz o comunicado.

O comunicado foi assinado por comandantes das poderosas brigadas Ahrar al-Sham, Liwa al-Tawheed, Suqour al-Sham e Exército do Islã, e uma cópia foi publicada na página do Facebook da brigada Tempestade Norte. O comunicado não diz quais seriam as consequências caso os dois lados não interrompam o conflito e o Estado Islâmico do Iraque não se retire.

A divisão entre rebeldes tem prejudicado sua luta contra as forças mais bem equipadas e organizadas do presidente Bashar al-Assad na guerra civil que já dura dois anos e meio. Tensões têm se originado sobretudo em disputas sobre recursos, território e espólios de guerra.

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