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Rebeldes sírios não participarão de negociações em Astana

O boicote é explicado sobretudo por "promessas não cumpridas relacionadas ao fim das hostilidades"

Negociações: decisão foi anunciada pela delegação opositora armada (Mukhtar Kholdorbekov/Reuters)

Negociações: decisão foi anunciada pela delegação opositora armada (Mukhtar Kholdorbekov/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de março de 2017 às 09h39.

Última atualização em 13 de março de 2017 às 10h30.

As facções rebeldes sírias não participarão da nova rodada de conversações de paz, prevista para terça e quarta-feira em Astana com autoridades do governo sírio, afirmou nesta segunda-feira à AFP um porta-voz da delegação da oposição armada.

"Os grupos rebeldes decidiram não participar em Astana", afirmou Osama Abu Zeid, ao explicar o boicote sobretudo por "promessas não cumpridas relacionadas ao fim das hostilidades"n Síria, onde um cessar-fogo foi decretado em dezembro por iniciativa de Moscou e Ancara.

"Decidimos não participar porque a consolidação do cessar-fogo não aconteceu", disse Ahmad Othman, comandante do Sultan Murad, um grupo rebelde apoiado pela Turquia.

"O regime e as milícias (pró-regime) continuam bombardeando, deslocando (civis) e cercando várias localidades sírias", declarou à AFP.

As conversações de paz na capital do Cazaquistão foram organizadas por Rússia e Irã, principais aliados do governo de Bashar al-Assad, e Turquia, que respalda os grupos rebeldes.

Astana já recebeu duas rodadas de negociações este anos, mas os participantes não registraram nenhum avanço significativo para um possível final do conflito, que provocou mais de 320.000 mortos em seis anos.

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