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Rebeldes líbios pedem à ONU que aprove ataque aéreo

Forças da oposição vão indicar um representante para contatar os organismos internacionais

Rebeldes na Líbia pedem ataque aéreo, mas não querem intervenção pelo solo (John Moore/Getty Images)

Rebeldes na Líbia pedem ataque aéreo, mas não querem intervenção pelo solo (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 13h08.

Benghazi, Líbia - A direção rebelde líbia pediu nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que lance um ataque aéreo "contra os mercenários" do regime de Muammar Kadafi.

"Nosso Exército não pode lançar ataques contra os mercenários, pois tem papel defensivo", afirmou o porta-voz rebelde Abdelhafiz Hoga em entrevista coletiva concedida em Benghazi.

"É diferente um ataque aéreo estratégico de uma intervenção estrangeira, que rejeitamos", ressaltou o porta-voz das Forças de oposição, que manifestou sua oposição a uma intervenção militar estrangeira no conflito líbio.

O pedido para que a ONU lance esse ataque foi feito publicamente pela oposição, mas não a tramitou ainda formalmente, segundo indicou Hoga, que disse que em breve será nomeado um representante rebelde para colocar-se em contato com os organismos internacionais.

O porta-voz também pediu que o Conselho Nacional recém criado pelas Forças da oposição seja reconhecido como o único representante legítimo da Líbia e fez uma chamada para que todos os países deixem de reconhecer as embaixadas fiéis a Kadafi.

Hoga também disse que o Conselho Nacional ficou finalmente composto com 30 representantes de todo o país, cinco deles nomeados pelos jovens que participaram da rebelião que explodiu no dia 16 de fevereiro.

Este órgão terá como presidente o ex-ministro da Justiça líbio Mustafa Abdel Jalil, enquanto Hoga será vice-presidente e porta-voz.

O ex-ministro da Justiça, que renunciou na semana passada em protesto pela repressão sangrenta da rebelião líbia, anunciou no dia 26 de fevereiro que a oposição formaria um Governo de união nacional.

No entanto, a Coalizão Revolucionária do 17 de Fevereiro, que reúne todos os comitês rebeldes das cidades controladas pela oposição, se distanciou dessa iniciativa e disse que se tratava de uma ideia pessoal do ex-ministro.

Nesta quarta-feira, por outro lado, se anunciou que Abdelyalil tinha liderado o Conselho Nacional criado pelos conselhos revolucionários.

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