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Rebeldes líbios enviam 1º navio com petróleo para exportação

Oposição espera usar a exportação de petróleo para ajudar a financiar a luta contra Kadafi; destino do navio não foi anunciado

Protesto em Tobruk, na Líbia: navio saiu do porto da cidade rumo ao exterior (Marco Longari/AFP)

Protesto em Tobruk, na Líbia: navio saiu do porto da cidade rumo ao exterior (Marco Longari/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2011 às 14h02.

Benghazi, Líbia - Um petroleiro partiu nesta quarta-feira do porto de Tobruk, controlado pelos insurgentes líbios, com a primeira carga de petróleo para exportação procedente dos poços controlados por eles no leste do país, informaram à Agência Efe fontes da autoridade rebelde.

O navio, que chegou na terça-feira a Tobruk, a 130 quilômetros da fronteira com o Egito, zarpou nesta tarde carregado de petróleo que ajudará consideravelmente a financiar a rebelião contra o regime de Muammar Kadafi, disseram as mesmas fontes.

O destino do petroleiro, de bandeira liberiana e de propriedade de uma empresa grega, ainda é uma incógnita, já que os rebeldes não quiseram indicar qual país será destino de sua primeira exportação.

Alguns países já reconheceram o Conselho Nacional Transitório (CNT) como o Governo legítimo da zona oriental da Líbia - região controlada pelos rebeldes -, entre eles França, Catar e Itália (antiga metrópole colonial da Líbia).

Em princípio, somente algum dos países que reconhece o poder do CNT sobre os poços petrolíferos do leste líbio poderia comprar a commodity sem receio de se ver envolvido em um conflito legal ou de outro tipo sobre a propriedade do mesmo.

No entanto, os rebeldes podem também vender seu petróleo a qualquer nação que esteja disposta a comprá-lo, como ocorre em nível mundial com o comércio ilegal de armas, por exemplo.

O navio dos rebeldes líbios zarpou nesta tarde de um terminal petrolífera próxima à cidade de Tobruk, um dos portos controlados pelos rebeldes mais afastados da frente de combate oriental e, portanto, mais seguros.

Os rebeldes atravessam sérias dificuldades para financiar sua aquisição de armas, bem como as necessidades logísticas e de organização de uma administração incipiente.

A exportação de petróleo dos poços sob controle insurgente, que sofreram vários ataques das forças pró-Kadafi nos últimos dias, pode representar uma fonte de receitas fundamental para os rebeldes.

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