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Rebeldes lançam ofensiva contra cidades do nordeste de Mali

Integrantes do Movimento Nacional de Libertação de Azawad atacaram as cidades de Bourem, Menaka e Asongo

Ofensiva ocorre pouco depois de o MNLA ter anunciado a tomada de Kidal (©AFP)

Ofensiva ocorre pouco depois de o MNLA ter anunciado a tomada de Kidal (©AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2012 às 20h35.

Bamaco - Os rebeldes independentistas tuaregues lançaram nesta sexta-feira uma ofensiva contra pelo menos três cidades da província malinesa de Gao, no nordeste do país, segundo testemunhas e fontes militares da cidade.

Integrantes do Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA), que se rebelaram em janeiro para pedir a independência da parte setentrional de Mali, atacaram as cidades de Bourem, Menaka e Asongo.

Esta ofensiva ocorre pouco depois de o MNLA ter anunciado a tomada de Kidal, capital da província de mesmo nome e que faz limite ao sul com Gao.

Após a queda de Kidal, o capitão Amadou Haye Sanogo, chefe da Junta Militar que na quinta-feira passada derrubou o presidente do país, Amadou Toumani Touré por meio de um golpe de estado, qualificou hoje a situação no norte do país como 'preocupante'.

Em entrevista coletiva realizada na capital de Mali, Sanogo pediu a seus 'irmãos e parceiros' para que se esforcem mais para encontrar uma solução para o conflito tuaregue, que ameaça a integridade territorial do país.

Devido à grave situação, a Junta Militar dirigida por Sanogo enviou emissários tanto ao norte do país como aos países vizinhos com o objetivo de encontrar ajuda para fazer frente à rebelião.

Segundo a página site oficial do MNLA, os combatentes do Exército de Libertação Nacional Azawad tomaram a cidade de Asongo, situada a 95 quilômetros de Gao, onde fica a principal base militar do Exército em sua ofensiva contra os tuaregues.

Fontes militares disseram que os militares que estavam em Asongo, assim como nas demais cidades atacadas, estão recuando em direção a Gao, para onde também vão os civis que fogem dos combates.

O aumento do conflito independentista tuaregue tirou de suas casas cerca de 200 mil pessoas e provocou inúmeras mortes, embora não haja números oficiais.

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