Rebeldes durante o ataque a residência de Kadafi: 80% de Trípoli já está com os rebeldes (Filippo Monteforte/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2011 às 14h45.
Trípoli - O rebeldes líbios, que anunciaram ter tomado o controle do quartel-general de Muammar Kadafi em Trípoli depois de horas de combates, informaram não ter encontrado pistas do coronel e seus filhos no local.
"Bab al-Aziziya está sob nosso total controle agora. O coronel Kadafi e seus filhos não estão lá", afirmou o comandante dos rebeldes, coronel Ahmed Omar Bani.
"Ninguém sabe onde eles estão", acrescentou.
O comandante rebelde, no entanto, foi categórico: "Vencemos a batalha".
"A batalha militar acabou", declarou, acrescentando que 90% do complexo de Bab al-Azizya foi controlado, embora ainda existam alguns bolsões de resistência.
Centenas de rebeldes lançaram um taque à residência do dirigente líbios três dias depois de entrarem na capital.
Os rebeldes também anunciaram ter assumido o controle do porto petroleiro de Ras Lanuf, que fica a caminho da cidade natal de Kadafi, Sirte.
Anteriormente, o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, órgão político da rebelião, afirmou estar no controle de 80% de Trípoli, em uma entrevista com a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton.
Por outro lado, Estados Unidos e França vão "manter seus esforços militares" até que "Kadafi e seu clã" deponham as armas, afirmou nesta terça-feira Nicolás Sarkozy, após uma conversa por telefone com Barack Obama, no momento em que os insurgentes estavam prestes a se apoderar de Trípoli.
Os dois chefes de Estado "saudaram os progressos decisivos alcançados durante os últimos dias pelas forças do CNT (Conselho Nacional de Transição, órgão político dos rebeldes) e consideraram que o fim do regime de Kadafi é inevitável e está próximo", segundo um comunicado da Presidência francesa.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por sua vez, pediu a reconciliação na Líbia ao falar por telefone com o líder rebelde Mustafá Abdel-Jalil.
"Ban enfatizou a necessidade de uma união nacional, de uma reconciliação e de uma participação, assim como a proteção dos locais diplomáticos", afirmou o porta-voz da ONU.