Mundo

Rebeldes colombianos vão libertar general

Atitude abre caminho para volta de negociações de paz com o governo

Negociador das Farc Iván Marquez (C) concede entrevista em Havana nesta quarta-feira (Enrique De La Osa/Reuters)

Negociador das Farc Iván Marquez (C) concede entrevista em Havana nesta quarta-feira (Enrique De La Osa/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2014 às 16h37.

Havana/Bogotá - Rebeldes marxistas da Colômbia concordaram em libertar um general do exército capturado no fim de semana, um movimento que pode levar a uma retomada das negociações de paz e desarmar uma crise que ameaçava estender cinco décadas de guerra.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) prometeram libertar o general Ruben Dario Alzate e outros quatro capturados nas últimas duas semanas "o mais rápido possível", depois de chegar a acordo sobre termos de libertação com o governo e com os países garantidores do processo de paz, Cuba e Noruega.

O gabinete do presidente Juan Manuel Santos respondeu imediatamente ao anúncio, comprometendo-se a retomar as negociações assim que os reféns estiverem livres.

Alzate e outros dois foram capturados no domingo por uma patrulha da Farc quando eles deixavam um barco na região pobre e dominada pelo crime de Choco, o que levou Santos a suspender as negociações e colocando em dúvida o processo de paz de dois anos em curso em Cuba.

Poucos dias antes, os rebeldes haviam sequestrado dois soldados em Arauca.

"O governo vai dar a sua total colaboração para garantir o retorno seguro destas pessoas às suas casas, o que esperamos que venha a ser no menor tempo possível", disse o escritório do Santos em um comunicado.

"Uma vez que eles estejam todos livres, a delegação do governo voltará a Havana".

A decisão da Farc de libertar os prisioneiros pode contrariar os críticos do processo de paz que dizem que os rebeldes não são sérios em relação a acabar com a guerra mais longa da América Latina, que já matou mais de 200.000 pessoas desde que começou em 1964.

A suspensão das negociações é o mais sério revés para os esforços de paz depois que meses de discussões complicadas resultaram em acordos parciais em três dos cinco itens da agenda.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaDiplomaciaFarcViolência política

Mais de Mundo

Argentina questionou declaração do G20 porque acha que Estado não resolve pobreza, diz ministra

EUA vetam pela 4ª vez resolução da ONU que pede cessar-fogo na Faixa de Gaza

Países ocidentais apresentam resolução contra o programa nuclear do Irã

Guerra na Ucrânia: Armas nucleares são a definitiva moeda de troca da Rússia