Avião russo: comandante militar que luta na região onde caiu a aeronave afirmou que os dois pilotos foram mortos após terem se ejetado (Shamil Zhumatov / Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2015 às 14h32.
Beirute - O líder do Exército Livre Sírio (ELS), general Ahmed Berri, confirmou a morte de um piloto russo e a captura de outro por grupos rebeldes que atuam no país depois de um avião da Rússia ter sido abatido nesta terça-feira pela Turquia.
Em comunicado, Berri disse que a Turquia derrubou o bombardeiro russo depois da violação do espaço aéreo e após ter emitido várias advertências sem obter resposta.
Antes do incidente, o avião russo tinha atacado a cidade de Jisr al Shugur, na província de Idlib, no norte da Síria.
A emissora "CNNTÜRK" afirmou anteriormente que um dos dois pilotos do Su-24 russo abatido por caças turcos tinha morrido, enquanto o outro teria sido capturado por milicianos turcomanos da Síria, contrários ao regime do presidente Bashar al Assad.
No entanto, pouco depois, a "CNNTÜRK" entrevistou um comandante militar que luta na região onde caiu a aeronave, que afirmou que os dois pilotos foram mortos após terem se ejetado.
"Disparamos contra os dois pilotos quando eles desciam de paraquedas", afirmou o subcomandante Alpaslan Celik à "CNNTÜRK".
Por outro lado, um membro da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), Shalal Kiddo afirmou que o incidente "terá repercussões perigosas no processo político" para encontrar uma solução para o conflito.
Kiddo destacou que já esperava que um incidente desse tipo ocorresse, porque o espaço aéreo sírio está movimentado com aviões de diferentes países com objetivos distintos.
A CNFROS é a principal aliança política da oposição síria e é respaldada pela Turquia. Já a Rússia é um dos maiores aliados de Assad.
Atualmente, aviões do Exército Nacional Sírio e da Rússia bombardeiam alvos do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e de outras organizações armadas no território sírio.
Além disso, aviões da coalizão internacional contra o EI liderada pelos Estados Unidos também efetuam ataques aéreos na Síria contra as posições dos jihadistas.