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Projeto busca produzir energia limpa e quase ilimitada

Experimento localizado no sul da França é financiado por sete países e pretende provar que é possível a produção de energia por fusão termonuclear em larga escala

Maquete de um dos aparelhos que seram usados no projeto (Wikimedia Commons/Rama)

Maquete de um dos aparelhos que seram usados no projeto (Wikimedia Commons/Rama)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Paris - Os sete parceiros do projeto de reator nuclear experimental ITER já acertaram um acordo sobre o calendário e o financiamento desse programa, com sede em Cadarache, sul da França, depois de meses de incertezas.

A fusão nuclear controlada, objetivo do projeto ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor) faz parte da busca por energia "mais limpa" e quase ilimitada.

O reator entrará em fase de construção já a partir deste verão, no Hemisfério Norte, estando envolvidos no projeto Japão, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Índia.

Em termos de financiamento, a Europa comprometeu-se a contribuir com até 6,6 bilhões de euros (8,5 bilhões de dólares), levando em conta sua parte no projeto, de 45%.

A fusão termonuclear controlada, objeto de investigações no ITER, é considerada solução alternativa à fissão nuclear, fonte de resíduos radiativos que permanecem durante milhares de anos.

Aplicada nas centrais eletronucleares atuais, a fissão se traduz pela fragmentação do núcleo de um átomo para a obtenção de energia.

Ao contrário, a fusão nuclear controlada consiste em fazer fundir os núcleos de diferentes tipos (isótopos) de átomos de hidrogênio para formar o hélio.

A primeira tentativa de fusão de átomos de hidrogênio está prevista para 2019, mas o processo final, utilizando o trítio e o deutério, dois isótopos do hidrogênio, só será lanzado em 2026.

Quase inesgotável, o deutério pode ser facilmente extraído da água, que o contém a até 40 miligramas por litro.

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