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Reativação precoce de usinas nucleares no Japão é improvável

Apesar da vitória de um partido pró-nuclear, reativações devem ser lentas, sujeitas às regras de um novo órgão regulador nuclear e à cautelosa opinião pública


	Fumaça observada no reator três de Fukushima em 21 de março de 2011: raciocínio era de que o partido iria responder rapidamente às demandas da indústria para reativar reatores
 (TEPCO via JIJI PRESS/AFP)

Fumaça observada no reator três de Fukushima em 21 de março de 2011: raciocínio era de que o partido iria responder rapidamente às demandas da indústria para reativar reatores (TEPCO via JIJI PRESS/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2012 às 08h32.

Tóquio - A esperança na ansiosa comunidade de negócios de que as usinas nucleares paralisadas do Japão seriam rapidamente reativadas foi colocadas de lado, apesar da vitória retumbante na semana passada de um partido pró-nuclear.

Ações de operadores nucleares subiram após o Partido Liberal Democrático (PLD), que tem reputação por suas ligações próximas com a indústria nuclear, voltar ao poder. O raciocínio era de que o partido iria responder rapidamente às demandas da indústria para reativar os reatores depois de mais de 18 meses do desastre nuclear de Fukushima.

As ações da Tokyo Electric, operadora da usina de Fukushima, avançaram 53 por cento. Os papéis da Kansai Electric Power Co, uma das mais dependentes de energia nuclear dentre as empresas de serviço público, subiu quase 18 por cento.

As reativações, porém, devem provavelmente ser um processo lento, sujeitas às regras que ainda devem ser estabelecidas por um novo órgão regulador nuclear e à cautelosa opinião pública, que está mobilizada contra a indústria desde o terremoto seguido de tsunami que provocou derretimentos em Fukushima em 2011.

Espera-se que a Autoridade de Regulação Nuclear (NRA, em inglês), estabelecida com maior independência após o desastre ter desacreditado a instituição anterior, elabore padrões de segurança até julho de 2013. O órgão irá julgar se as usinas estão seguras para serem reativadas, mas o seu chefe diz que autoridades eleitas devem tomar a decisão final.

"É improvável que o governo comandado pelo Partido Liberal Democrático irá querer intervir na fase inicial da operação do recém estabelecido órgão independente, criação que eles apoiaram", afirmou o consultor de energias, Tom O'Sullivan, sediado em Tóquio.

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