Mundo

Reativação econômica nos EUA é 'frustrante', diz membro do Fed

Jeffrey Lacker teme que o crescimento do país se mantenha pequeno por um longo período

Sede do Fed: ritmo da recuperação ainda é baixo (AFP/Arquivo  Karen Bleier/EXAME.com)

Sede do Fed: ritmo da recuperação ainda é baixo (AFP/Arquivo Karen Bleier/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2011 às 16h56.

Washington - O ritmo de reativação econômica dos Estados Unidos, após ter registrado a recessão mais profunda e prolongada em quase oito décadas, continua sendo "frustrante", disse nesta segunda-feira Jeffrey Lacker, presidente do Federal Reserve de Richmond.

"Apesar dos fatores que afetaram a diminuição do ritmo no primeiro trimestre terem sido aparentemente passageiros, a incapacidade da expansão para adquirir um ímpeto maior até agora foi frustrante", declarou Lacker durante uma conferência em Roanoke, Virgínia.

A recusa de muitas empresas em aumentar seu número de empregados apesar da demanda crescente indica que o crescimento econômico pode se manter tímido "por um período longo de tempo", disse Lacker.

O aumento da despesa dos consumidores mais lento do que o calculado inicialmente, os cortes nos gastos públicos e os elevados preços dos combustíveis foram os fatores que levaram o crescimento da economia americana a atingir apenas 1,8% entre janeiro e março.

No último trimestre de 2010, a taxa anualizada de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) havia sido de 3,1%, e em todo o ano passado a maior economia do mundo teve um crescimento de 2,9%, segundo os relatórios do governo.

Ao término da reunião do Comitê de Mercado Aberto, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) calculou nesta segunda-feira que a economia dos Estados Unidos crescerá este ano entre 3,1% e 3,3%, abaixo do previsto para janeiro, quando anunciou que o crescimento poderia chegar a 3,9%.

Lacker, que este ano não é membro com poder de voto no Comitê, órgão responsável por estabelecer a política monetária do Fed, costuma se preocupar mais com a aceleração da inflação do que com o alto índice de desemprego.

Nesta segunda-feira, em uma conferência sobre o setor industrial no sul dos EUA, Lacker se referiu à fragilidade do emprego, mas não mencionou a ameaça de inflação, o que sugere que o banco central ainda não julga parece necessário abandonar sua política de estímulo monetário.

Em abril, o Comitê de Mercado Aberto do Fed decidiu manter as taxas de juros inalteradas abaixo de 0,25%, assim como manter a data para a finalização de seu plano de estímulo monetário de US$ 600 bilhões, em junho.

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasEstados Unidos (EUA)Fed – Federal Reserve SystemMercado financeiroPaíses ricos

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru