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Reabertura e nova legislação impulsionam investimento estrangeiro na China

Pequim também tem reforçado aos investidores estrangeiros que pretende continuar com o afrouxamento das restrições à companhias estrangeiras

Pessoas andando em centro de compras de Hong Kong, China, 15 de setembro de 2017. (Bobby Yip/Reuters)

Pessoas andando em centro de compras de Hong Kong, China, 15 de setembro de 2017. (Bobby Yip/Reuters)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 22 de outubro de 2020 às 16h14.

Última atualização em 22 de outubro de 2020 às 18h27.

O fluxo de Investimento Estrangeiro Direto na China cresceu 23.7% em setembro em comparação com o mesmo período do ano anterior, alcançando a marca de US$14.25 bilhões, anunciou o Ministério do Comércio Chinês na última semana. O número sustenta o crescimento de 15% já registrado em agosto, também em relação ao mesmo período do ano anterior, e reforça a confiança dos investidores internacionais no gigante asiático, apesar da guerra comercial com os EUA.

No acumulado de 2020, a China já atraiu US$103 bilhões em investimentos vindos de fora do país - uma alta de 2.5% em relação aos primeiro nove meses de 2019. Nesse mesmo período, o Vietnam, que é tido como uma alternativa em relação à China, atraiu "apenas" US$21.2 bilhões, número 19% menor que no anterior.

Para o Ministério do Comércio, a alta nos investimentos estrangeiros diretos se deve à reabertura das atividades de econômicas após meses de restrições impostas pela pandemia do coronavírus. Mas não só. No início do ano, o governo Chinês aprovou uma nova legislação para tornar o país mais receptivo às empresas estrangeiras. Cada província do país criou uma linha direta e um centro de atendimento para atender as demandas dessas companhias.

Pequim também tem reforçado aos investidores estrangeiros que pretende continuar com o afrouxamento das restrições à companhias estrangeiras, inclusive melhorando o ambiente de negócios do país. "Vamos construir um sistema financeiro mais aberto", prometeu Chen Yulu, vice-diretor do Banco Popular da China, o banco central do país.

Em janeiro, China e Estados Unidos assinaram a primeira fase de um acordo comercial, acertando que os americanos diminuiriam as tarifas impostas aos produtos chineses, enquanto o país asiático compraria mais 200 bilhões de dólares em produtos dos EUA. O pacto também previa a extinção de barreiras chinesas à atuação de empresas americanas do setor financeiro, abrindo um promissor mercado para os americanos na Ásia.

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