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Reabertura de caso permitirá que Assange limpe seu nome, diz WikiLeaks

A Suécia informou nesta segunda que reabrirá o caso de um suposto crime de estupro contra Julian Assange

Assange: a investigação contra o fundador da WikiLeaks estava arquivada desde 2017 (Henry Nicholls/Reuters)

Assange: a investigação contra o fundador da WikiLeaks estava arquivada desde 2017 (Henry Nicholls/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de maio de 2019 às 12h00.

Londres — O editor-chefe do site WikiLeaks, o islandês Kristinn Hrafnsson, considerou nesta segunda-feira que a reabertura do caso de um suposto crime de estupro contra Julian Assange na Suécia permitirá que ele "limpe seu nome" e negou que o mesmo tenha "se evadido" do interrogatório das autoridades suecas.

O Ministério Público da Suécia informou hoje que reabrirá o caso e ativará a ordem de detenção europeia depois de tê-lo arquivado há dois anos diante da impossibilidade de avançar na investigação.

"Desde que a investigação foi arquivada em 2017, recebemos informação sobre a destruição de arquivos e correspondências em nome das autoridades suecas e do Reino Unido, seguramente um obstáculo para uma investigação exaustiva", acrescentou Hrafnsson.

Assange foi detido em 11 de abril na embaixada do Equador em Londres depois que o país sul-americano retirou seu asilo. O jornalista permanece retido em uma prisão de Londres enquanto aguarda a decisão da Justiça britânica diante de um pedido de extradição solicitado pelas autoridades dos Estados Unidos.

Nesse sentido, o editor-chefe do WikiLeaks afirmou que, desde a detenção de Assange, houve muita pressão política sobre a Suécia para que reabrisse as investigações.

"O caso foi mal abordado o tempo todo", afirmou o representante do WikiLeaks.

"Assange sempre esteve disposto a responder a qualquer pergunta das autoridades suecas e se ofereceu a fazer isso diversas vezes durante seis anos. A afirmação divulgada pelos veículos de imprensa de que Assange evadiu-se do interrogatório sueco é falsa", disse.

A promotora superior adjunta Eva-Marie Persson, que ativará a ordem de detenção europeia, explicou que a reabertura do caso foi decidida por conta da mudança nas circunstâncias pessoais de Assange depois que o Equador retirou seu asilo e da solidez das suspeitas contra o jornalista australiano.

Além de capturar Assange por um pedido de extradição dos EUA, a polícia britânica o prendeu por violar as condições de liberdade condicional impostas pela Justiça do Reino Unido em 2012 em relação a uma solicitação de extradição para Suécia.

Dois dias depois de sua detenção, mais de 70 parlamentares britânicos, a maioria do Partido Trabalhista, assinaram uma carta pedindo ao ministro de Interior, Sajid Javid, que a Justiça sueca possa analisar "adequadamente" a denúncia de estupro.

Segundo as autoridades suecas, o suposto crime pelo qual Assange estava sendo investigado prescreve em agosto de 2020.

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