O presidente de Cuba, Raúl Castro: Chávez, que faleceu na terça-feira em Caracas vítima de câncer, foi o principal aliado político e maior sócio comercial de Cuba nos últimos 14 anos. (Ernesto Mastrascusa/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2013 às 14h35.
Havana - O presidente cubano, Raúl Castro, homenageou nesta quinta-feira o falecido presidente venezuelano, Hugo Chávez, em uma mobilização em toda a ilha para lembrar o principal aliado e benfeitor de Cuba.
Vestido com o uniforme de general, Raúl Castro "colocou uma flor diante da imagem do falecido presidente, em uma cerimônia na Praça da Revolução Antonio Maceo" na cidade de Santiago de Cuba, 900 km ao sudeste de Havana, informou a agência cubana Prensa Latina.
"Milhares de moradores de Santiago se reuniram desde cedo para recordar o estadista e expressar solidariedade ao povo venezuelano. O tributo a Chávez está previsto nas 15 províncias cubanas entre 08h00 e 20h00" (10H00 às 22H00 de Brasília).
O novo número dois cubano, Miguel Díaz-Canel, e outros dirigentes do Estado e do Partido Comunista de Cuba (único) participaram na emblemática Praça da Revolução de Havana em um grande ato em homenagem a Chávez.
Este tipo de homenagem nas principais praças da ilha estava reservado para os dirigentes históricos da revolução cubana.
A morte de Chávez constitui um duro golpe para a ilha e gerou entre muitos cubanos o fantasma dos difíceis anos 90, quando Cuba enfrentou uma profunda crise econômica após o fim da ajuda soviética.
O governo cubano declarou na terça-feira que "Chávez também é cubano" e destacou que ele "acompanhou Fidel (Castro) como um filho verdadeiro e sua amizade com Raúl foi íntima".
Em prédios públicos e nas fortalezas coloniais do Morro e La Cabaña, na Baía de Havana, as bandeiras nacionais estavam a meio mastro por um luto de três dias.
Chávez, que faleceu na terça-feira em Caracas vítima de câncer, foi o principal aliado político e maior sócio comercial de Cuba nos últimos 14 anos.
Na sexta-feira, dia do funeral de Chávez em Caracas, 21 disparos de canhão serão executados em homenagem ao venezuelano nas fortalezas coloniais de Havana.