Havana - O presidente de Cuba, Raúl Castro, se reuniu nesta segunda-feira em Havana com o governante venezuelano, Nicolás Maduro, que faz uma visita oficial à ilha, informou nesta terça-feira a imprensa estatal cubana.

"Durante o fraterno encontro, ambos os líderes dialogaram sobre a vitória da Revolução Bolivariana e Chavista nas recentes eleições municipais desenvolvidas na Venezuela e cocordaram sobre reforçar as estreitas relações que unem os dois povos e governos", diz uma nota publicada pelo jornal "Granma".

Os veículos de imprensa cubanos, que publicaram hoje fotografias e vídeos da reunião, acrescentaram que os presidentes também conversaram sobre "outros temas da agenda internacional e regional".

Maduro viajou para Cuba acompanhado de sua esposa, Cilia Flores, para uma visita que não tinha sido anunciada previamente.

O "Granma" informou hoje, além disso, que o presidente venezuelano se reuniu ontem com René González, o único que já está em liberdade do grupo dos cinco agentes cubanos que foram detidos nos Estados Unidos em 1998 e condenados em 2001 por espionagem.

González pediu a Maduro um quadro com uma pintura do falecido líder venezuelano Hugo Chávez com sua filha María, obra de Antonio Guerrero, um dos agentes que ainda cumprem pena na prisão nos Estados Unidos.

Como parte de sua agenda em Cuba, no sábado o governante venezuelano teve um "longo encontro" com o ex-presidente cubano Fidel Castro, que foi divulgado em matérias e fotos no mesmo dia.

Os veículos de imprensa cubanos detalharam então que Maduro tinha viajado à ilha "para comemorar simbolicamente o 19º aniversário da primeira visita do comandante Hugo Chávez a Cuba e seu histórico encontro com Fidel" em 14 de dezembro de 1994.

A imprensa cubana não deu mais detalhes sobre a visita de Maduro nem sobre e sua duração.

Sob o mandato de Chávez, morto em 5 de março, a Venezuela se tornou o principal aliado político e econômico de Cuba.

Os dois governos mantêm desde 2000 uma parceria que foi crescendo paulatinamente até abranger acordos de todo tipo, incluindo um acordo energético com o qual a ilha recebe 100 mil barris diários de petróleo da Venezuela.

O governo de Cuba paga pelo petróleo com os serviços que mais de 45 mil cubanos - médicos e técnicos de saúde, educação, esportes e de diversos setores sociais - prestam na Venezuela.