Dilma Rousseff e Mariano Rajoy em coletiva de imprensa em Madri: Rajoy fez um breve balanço de seu primeiro ano no governo durante o encontro (Dominique Faget/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2012 às 12h27.
Madri - O chefe do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, afirmou nesta segunda-feira, véspera do primeiro aniversário de sua vitória nas urnas que o levou ao poder, que ainda restam momentos "muito difíceis" para o país europeu, mas "o pior passou".
Em entrevista coletiva conjunta com a presidente Dilma Rousseff, que faz sua primeira visita oficial à Espanha, Rajoy fez um breve balanço de seu primeiro ano no governo.
Após reconhecer a dureza das medidas adotadas para reduzir o déficit público, o governante declarou que deu "passos em boa direção", embora ainda haja momentos muito difíceis pela frente.
Segundo o chefe do Executivo, as medidas adotadas na Espanha "não são só para reduzir o déficit, são medidas estruturais".
"É verdade que são medidas que trazem problemas a muita gente, mas são absolutamente imprescindíveis" acrescentou Rajoy.
Para o presidente do Governo, a principal questão atual da Espanha é conseguir que "a economia possa se financiar bem", a preços razoáveis.
"Estamos firmando as bases para o crescimento e a criação de emprego a médio e longo prazos", sustentou Rajoy, que ouviu Dilma destacar que apenas com políticas de crescimento, acompanhadas das medidas de contenção do déficit, é possível superar uma crise como a vivida pela Espanha.
Rajoy disse também que "é vital" a recuperação do setor bancário do país para ajudar a haver crescimento e criação de empregos.
Amanhã se completa o primeiro aniversário da vitória do Partido Popular, de Rajoy, nas eleições gerais de 20 de novembro de 2011, nas quais obteve maioria após quase oito anos de governo socialista com José Luis Rodríguez Zapatero à frente.
A crise econômica, que mantém a economia espanhola em recessão e elevou o desemprego a um nível recorde de 25% da população ativa, unida aos altos juros que a Espanha se viu obrigada a pagar para colocar sua dívida nos mercados, marcaram o primeiro ano do governo Rajoy.