Correa aproveitou o momento de sua inscrição para criticar os banqueiros (Eduardo Santillán Trujillo/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2012 às 20h54.
Quito - Rafael Correa disse nesta segunda-feira que, embora tenha ''avançado muito'', ainda ''resta muito a fazer'' ao inscrever no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador sua candidatura à reeleição como presidente do país andino.
Correa chegou ao edifício de bicicleta, acompanhado do candidato à vice-presidência, o ex-ministro Jorge Glas, e de outros dirigentes de seu movimento político, o Aliança País.
Economista de esquerda que está no poder desde 2007, Correa citou como tarefas pendentes a revolução agrária, a diversificação energética e a democratização do modelo de produção.
O atual presidente lidera as enquetes para os próximos pleitos, que acontecerão em fevereiro de 2013, seguido pelo ex-banqueiro Guillermo Lasso, cujo companheiro de chapa, o indígena Auki Tituaña, anunciou hoje que renunciava à disputa eleitoral por problemas na inscrição de seu nome perante o CNE.
Os grupos políticos habilitados pelo CNE devem inscrever as candidaturas presidenciais e à Assembleia Nacional até a próxima quinta-feira.
Correa aproveitou o momento de sua inscrição para criticar os banqueiros ao lembrar a profunda crise que o Equador viveu em 1999, na qual o Estado interveio em entidades financeiras em falência a um custo de bilhões de dólares.
''Com que desfaçatez, após quebrar o país, nos apresentam um banqueiro para candidato à presidência da República?'', questionou.
Os banqueiros argumentam que as entidades que quebraram em 1999 não são as que existem agora, que sobreviveram pela boa gestão de suas contas, inclusive o Banco de Guayaquil, dirigido na época por Lasso.
Em entrevista coletiva após inscrever sua candidatura, Correa afirmou que se for reeleito presidente sua prioridade de política externa será impulsionar a integração sul-americana.
Sugeriu especificamente harmonizar a política trabalhista, com a determinação de um salário mínimo para toda a região, e a política tributária, com impostos mínimos que impeçam a concorrência entre países com incentivos fiscais para atrair investimento externo.