Rafael Correa, presidente do Equador: críticas aos EUA e ao WikiLeaks (Telám/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2010 às 10h19.
Quito - O presidente equatoriano, Rafael Correa, avaliou nesta terça-feira que os Estados Unidos "destruíram a confiança" dos seus aliados ao espioná-los, como indicam os documentos secretos de Washington revelados pelo site "WikiLeaks".
Os EUA "destruíram a confiança dos países aliados, de seus países amigos com esta classe de espionagens", expressou Correa em declarações divulgadas pelo periódico governamental "El Ciudadano".
Correa assinalou que solicitou um relatório à Secretaria Nacional de Inteligência para que "organize os documentos que têm a ver com o Equador e outros casos que interessem o país, como o golpe de Estado em Honduras".
Apesar das críticas, Correa criticou o vazamento das informações secretas e disse que jamais vai apoiar o rompimento das leis de um país, mesmo que este tenha atuado equivocadamente.
O presidente equatoriano assinalou que se deve conhecer a época em que a espionagem foi realizada, indicando que "seria muito grave se tiver acontecido na época de Barack Obama e Hillary Clinton".
Correa também refutou a informação de que o governo do Equador tenha oferecido residência no país ao fundador do "WikiLeaks", Julian Assange, como havia sido divulgado pelo vice-chanceler Kintto Lucas.