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Quinta greve geral do ano paralisa a Grécia novamente

A greve, que afeta o transporte aéreo, marítimo, ferroviário e urbano, foi convocada pelos principais sindicatos do país

Imagem dos protestos contra a presença de Angela Merkel ocorridos em Atenas, no dia 9 de outubro de 2012, na Grécia (Milos Bicanski/Getty Images)

Imagem dos protestos contra a presença de Angela Merkel ocorridos em Atenas, no dia 9 de outubro de 2012, na Grécia (Milos Bicanski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 06h14.

Atenas - A quinta greve geral de 2012 paralisa a Grécia mais uma vez hoje, desta vez em protesto pelo novo pacote de economia de 13,5 bilhões de euros negociado pelo Governo com a troika formada por Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE).

A greve, que afeta o transporte aéreo, marítimo, ferroviário e urbano, foi convocada pelos principais sindicatos do país, o do setor privado (GSEE) e o do público (ADEDY), contra os cortes previstos no citado pacote, que deverão ser aplicados em 2013 e 2014.

Os funcionários do metrô participaram do protesto com uma paralisação de três horas durante a manhã, assim como os motoristas de ônibus, que voltarão a cruzar os braços à noite.

O funcionamento parcial do metrô e dos ônibus facilitará a ida da população às manifestações de protesto no centro de Atenas, marcadas pelos sindicatos para as 8h (horário de Brasília).

A Guarda Litorânea informou que nenhum navio zarpará dos portos gregos hoje, enquanto a participação dos controladores aéreos entre 5h e 8h (de Brasília) obrigou o aeroporto internacional de Atenas a cancelar 46 voos e adiar outros 66.

A greve afeta ainda as escolas, os serviços municipais, os hospitais, as companhias públicas e o setor bancário, enquanto a Confederação Nacional do Comércio e a Confederação de Pequenos Empresários pressionaram os comerciantes a fecharem suas lojas hoje.

Os chefes da troika concluíram ontem sua missão na Grécia após ter chegado a um acordo sobre a maior parte das medidas centrais.

Ficou pendente, no entanto, a definição da reforma trabalhista, pela qual a troika quer a redução da indenização por demissão, a extinção dos aumentos salariais por antiguidade e a imposição da semana laboral de seis dias, assim como a eliminação dos convênios coletivos.

As dolorosas medidas, requeridas pelos credores externos como condição para continuar fornecendo o crédito de ajuda ao país a fim de salvá-lo da quebra, inclui ainda a elevação da idade de aposentadoria de 65 para 67 anos, além de cortes em salários públicos, pensões e prestações sociais.

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