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Quem são e para onde querem ir os refugiados que chegam à UE

Levantamento do Pew Research Center mostrou quem são as pessoas que mais conseguem asilo no bloco e quais são os países que mais concedem essa proteção


	Refugiados na Hungria: dentre as pessoas que solicitaram asilo na União Europeia, 16,3% deseja ficar em território húngaro
 (Dan Kitwood/Getty Images)

Refugiados na Hungria: dentre as pessoas que solicitaram asilo na União Europeia, 16,3% deseja ficar em território húngaro (Dan Kitwood/Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 11h14.

São Paulo – Números da União Europeia (UE) mostram que apenas em 2015, mais de 600 mil pessoas entraram ilegalmente em seu território. E as estimativas para os últimos meses são de impressionar: a Alemanha, por exemplo, calcula deve receber 1,5 milhão de refugiados e imigrantes entre outubro e dezembro, ao passo que a Hungria pretende manter suas fronteiras fechadas.

Pois um levantamento do Pew Research Center, uma organização independente formada por especialistas de diferentes áreas dedicados ao estudo de acontecimentos políticos, sociais e econômicos globais, revelou informações interessantes sobre a situação dos refugiados e imigrantes que buscam uma nova vida no bloco.

Ao todo, mostrou a pesquisa, 600.000 pessoas já registraram pedidos de asilo em países da UE ou outros que não fazem parte do bloco, mas compartilham das mesmas regras para concessão desta proteção. Esse número é 58% maior que o observado em 2014.

Dentre as pessoas que registraram pedidos de asilo, 20,2% são sírios que tentam uma vida mais segura longe da confusão e da violência que tomaram conta do país nos últimos quatro anos. Em seguida estão os kosovares, 11%, seguidos dos afegãos, 10,6%, e albaneses, 7,3%. Os iraquianos aparecem em quinto, com 5,6% das solicitações.

Outro ponto mostra quais pessoas têm as melhores chances de conseguir o tão sonhado asilo: aquelas que vêm de países que vivem turbulências políticas e conflitos armados. Em primeiro estão os sírios, com 95% dos pedidos aceitos. Em segundo estão os eritreus, com 90%, e em terceiro os iraquianos, com 87%.

Em se tratando de pessoas que vieram de países e territórios dos Balcãs, como Sérvia, Albânia e Kosovo, as chances de sucesso são bem menores, especialmente por conta do fato de a região se encontrar relativamente pacificada. Do total de sérvios, apenas 1,3% conseguiu ser aceito na condição de asilado. Entre albaneses essa percentagem é de 6,4% e para os kosovares é de 1,9%.

Países mais procurados x países que mais concedem asilo

A regra da EU, mostrou a organização, é a de que a pessoa peça por asilo no primeiro país do bloco que pisarem. Contudo, não é isso que vem acontecendo. No que diz respeito aos locais que mais recebem pedidos, em primeiríssimo lugar está a Alemanha, com 41%. Em segundo lugar, mas bem atrás, está a Hungria, com 16,3%, seguida da Suécia, 8,1%, e da França, 5,4%.

Esses países até podem estar entre os mais procurados, mas não necessariamente constam entre aqueles que efetivamente aprovam a concessão de asilo. A Alemanha, revela o levantamento, aprovou menos de 45% dos registros, enquanto que a Bulgária, a Dinamarca, Malta, Suécia e Chipre atenderam a mais de 70% deles. 

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