Cardeais brasileiros: os principais nomes que podem ser eleitos no próximo conclave (Divulgação/Arquidiocese de SP)
Redação Exame
Publicado em 22 de abril de 2025 às 13h47.
Última atualização em 22 de abril de 2025 às 14h17.
Com a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira, 21 de abril, a Igreja Católica entra em um período conhecido como Sé Vacante, durante o qual se preparam as cerimônias funerárias e a convocação do conclave para a escolha do novo líder do Vaticano.
Atualmente, 135 cardeais com menos de 80 anos podem participar da eleição, votar e serem eleitos. Desses, sete cardeais brasileiros estão aptos para o conclave. O único cardeal brasileiro que não poderá participar é Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida, de 87 anos.
Entre os cardeais latino-americanos que podem participar estão os mexicanos Francisco Robles Ortega e Carlos Aguiar Reyes; o cubano Juan de la Caridad García Rodríguez; o guatemalteco Álvaro Ramazzini Imeri e o nicaraguense Francisco Brenes.
No total, serão quatro cardeais argentinos: o prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, Víctor Manuel “Tucho” Fernández; o arcebispo de Córdoba, o jesuíta Ángel Sixto Rossi; o arcebispo de Santiago del Estero, Vicente Bokalic; e Mario Poli, arcebispo emérito de Buenos Aires.
Outros cardeais latino-americanos incluem os chilenos Celestino Aós e Fernando Natalio Chomalí; o equatoriano Luis Fernando Cabrera; o paraguaio Adalberto Martínez Flores; o peruano e arcebispo de Lima, Carlos Castillo; e o uruguaio Daniel Fernando Sturla Berhouet.
Os sete cardeais brasileiros que podem participar do próximo conclave têm perfis variados, com dois nomes que se destacam entre os mais cotados para a eleição: Dom Sérgio da Rocha e Dom Leonardo Ulrich Steiner. Veja no detalhe abaixo.
Frei franciscano e cardeal desde 2013, Dom Jaime Spengler é o arcebispo metropolitano de Porto Alegre e, desde 2023, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e do Conselho Episcopal Latino-Americano. Tem 64 anos.
Com uma carreira sólida, Dom Sérgio da Rocha foi bispo auxiliar de Fortaleza e arcebispo metropolitano de Teresina e Brasília. Desde 2020, é o arcebispo de Salvador e membro do Conselho de Cardeais, órgão consultivo do Papa. Tem 65 anos.
O cardeal Dom Odilo Pedro Scherer é talvez o nome de maior peso entre os cardeais brasileiros, apesar de não ser um dos mais cotados para a eleição. É o décimo nono bispo de São Paulo, o maior arcebispado do Brasil, e também exerce a função de Grão-Chanceler da PUC-SP. Tem 75 anos.
Dom Orani João Tempesta, monge da ordem cisterciense, é o arcebispo do Rio de Janeiro e tem um histórico considerável no Brasil, tendo sido também bispo de São José do Rio Preto e arcebispo de Belém do Pará. Tem 74 anos.
Dom Paulo Cezar Costa é o arcebispo de Brasília, sede da Igreja Católica no Brasil, e membro da Pontifícia Comissão para a América Latina. Com 57 anos, é o cardeal mais jovem entre os brasileiros.
Arcebispo emérito de Brasília, Dom João Braz de Aviz é defensor da Teologia da Libertação. Tem 77 anos e foi também prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada.
Dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, foi nomeado pelo Papa Francisco em 2019. Ele também foi bispo da Prelazia de São Félix, no Mato Grosso, e tem 74 anos.